A Polícia Civil de Governador Valadares (MG) divulgou, na tarde desta quinta-feira, 31, como era feito o esquema de adulteração e comercialização de medicamentos que foi desarticulado nessa quarta-feira, 30.
Segundo a Polícia Civil, o laboratório clandestino que funcionava dentro de um depósito, onde eram feitas as adulterações de lotes, seria de uma distribuidora de remédios legalizada.
Os medicamentos adulterados eram vendidos para farmácias, inclusive do Espírito Santo, além de prefeituras.
Fonte do site ocontestado.com em Governador Valadares, informa que os medicamentos podem ter sido repassados a farmácias do noroeste capixaba, mas não informou em quais municípios.
Segundo o motoboy, um dos presos na operação, ele foi contratado por um bombeiro militar para fazer as entregas dos medicamentos. Disse ainda que fazia cerca de 10 a 20 entregas por semana, que recebia R$ 10 por cada uma e que toda a medicação era repassada sem nota fiscal.
A mulher do entregador disse que o bombeiro militar também comercializava luvas, máscaras, pastas de dentes e outros produtos odontológicos. Disse ainda que sabia que alguns medicamentos eram tarjas pretas e somente poderiam ser vendidos sob prescrição médica.
Quatro funcionários da distribuidora, de 33, 31, 55 e 32 anos, e o proprietário dela, de 49, também foram presos. Segundo a Polícia Civil, o homem negou ser dono do empreendimento e informou aos policiais que era representante comercial do ramo farmacêutico há 25 anos. A PC informou ainda que o suspeito não tem formação acadêmica na área de farmácia.
Prisões – Sete pessoas foram presas, entre elas um bombeiro militar, durante uma operação da Polícia Civil que apreendeu centenas de medicamentos com embalagens adulteradas. Alguns desses remédios seriam destinados à rede pública de Poté (MG) e Coronel Fabriciano (MG).
De acordo com a Polícia Civil, informações como “venda proibida”, data de validade e tarjas que indicavam o vínculo dos produtos com o poder público, eram alteradas ou apagadas para depois os medicamentos serem comercializados.
O bombeiro militar, segundo os policiais, era responsável pela venda dos remédios a farmácias de Minas Gerais e do Espírito Santo. (Weber Andrade com G1 Vales de Minas Gerais)