Que o brasileiro é capaz de falsificar qualquer coisa, todo mundo já sabe. Dinheiro, então? Existem falsificações até de notas de R$ 2 e moedas de R$ 1 já foram alvo de cunhagem “particular” muitas vezes. Mas o que dizer da falsificação de uma moeda de R$ 0,25? Difícil, não é? O custo não valeria o trabalho e o risco, ou valeria?
O acougueiro Antônio Martins, o Toin, do Açougue Martins, na rua Elizeu Divino, apresentou nesta terça-feira, 7 de maio, ao jornalismo dos sites ocontestado.com.br e vozdabarra.com, uma dessas moedas que podem ter sido falsificadas.
A moeda de R$ 0,25 centavos apresentada por ele tem o diâmetro muito parecido com o da moeda de R$ 1. São apenas 2 milímetros de diferença. Mas, a aparência pode facilmente confundir quem recebe. Ela se parece mais com a moeda de R$ 1 em circulação do que com as moedas de R$ 0,25 da segunda família do real, uam vez que o reverso da mesma parece ter o fundo prateado, como o das moedas de R$ 1.
Para o açougueiro, a moeda é falsa. No entanto, nossa reportagem enviou mensagem para a Casa da Moeda do Brasil, para averiguar o fato. A resposta ainda não chegou, mas a curiosidade nós mostramos aqui e agora. A moeda realmente – sem trocadilhos – se parece mais com a de R$ 1 do que com as de R$ 0,25.
História – A primeira família da moeda de vinte e cinco centavos do real entrou em circulação em 30 de setembro de 1994, cerca de três meses após o lançamento do novo padrão monetário por ocasião do Plano Real. A moeda foi lançada de forma a facilitar o troco no início do plano e continua em circulação.
A moeda fabricada nessa época tinha 23,5mm de diâmetro, pesava 4,78 gramas e a a espessura era de 1,40 mm, o bordo era liso e era materializado em aço inoxidável.
O desenho da moeda se diferenciava das demais por ter um formato poligonal (enquanto as outras tinham formato circular) e pelo ano da cunhagem aparecer no anverso e não no reverso. Além disso era maior que a moeda de 50 centavos, enquanto as demais variavam em tamanho na mesma ordem de variação do valor facial. A cunhagem somente durante o biênio 1994-1995. A efígie no anverso era da “República”.
Segunda família – No dia 1 de julho de 1998 foi lançada a segunda família de moedas, que representou uma grande mudança estilística nas moedas do padrão: a moeda continua sendo a maior de todas as moedas, o diâmetro subiu de 23,5 para 25mm; ela também ficou mais pesada, a massa subiu de 4,78 para 7,55 gramas e ficou mais espessa. A espessura aumentou de 1,40 para 2,25 mm; o bordo passou a ser serrilhado; e foi materializado em aço revestido de bronze.
Além disso o reverso da moeda tinha a efígie de Manuel Deodoro da Fonseca (1827-1892), proclamador da República e primeiro presidente constitucional do Brasil republicano, ladeada pelas Armas Nacionais e pelos dísticos “BRASIL” e “DEODORO”.
À esquerda, linhas diagonais de fundo dão destaque ao dístico correspondente ao valor facial, seguido dos dísticos “centavos” e o correspondente ao ano de cunhagem. Esta é a moeda que circula até hoje no país. (Weber Andrade com informações de Casa da Moeda do Brasil)