As duas agência dos Correios em Barra de São Francisco estão funcionando parcialmente nesta quinta-feira, 12, apesar da greve dos funcionários. A greve foi decretada na noite desta terça-feira, 10, em assembleias realizadas em diferentes Estados do país. A categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal, que foi incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.
Em Barra de São Francisco, parte dos funcionando atendeu normalmente hoje, mas muitos deles não compareceram ao trabalho. Vamos acompanhar o pessoal de Nova Venécia, amanhã (hoje) o funcionamento será parcial e, no fim da tarde, decidiremos em conjunto com os servidores da região, do Estado e do país, se mantemos a paralisação e por quanto tempo”, disse um funcionário.
Em Vitória, funcionários dos Correios fizeram passeata na manhã desta quinta-feira, nas proximidades da Assembleia Legislativa (Ales).
O reajuste salarial é um dos principais pontos reivindicados pela categoria. No entanto, os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
“A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”, afirmou em nota a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).
Em nota em sua página na internet, a federação informou que a greve foi decretada em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país.
Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.
A estatal ainda não divulgou balanço sobre os impactos da greve, mas fala em paralisação parcial. “O principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”, informou em nota. (Weber Andrade com G1)