Depois de seguidos discursos do deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), líder do Governo na Assembleia Legislativa, denunciando a empresa ECO 101 por quebra de contrato e defendendo que as praças de pedágio na Rodovia Mário Covas (BR 101) no Espírito Santo fossem desativadas, saiu o primeiro resultado: o pedágio foi reduzido em 11,72% nas sete praças de cobrança no Estado. Com a decisão o valor deverá cair em torno de R$ 0,50 em cada praça. Os valores para automóvel, caminhão e furgão deverão cair de R$ 5,10 para R$ 4,50.
A decisão, anunciada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terá que ser agora publica no Diário Oficial para que possa ser aplicada no pedágio cobrado em cada uma das praças. A ANTT não informou os motivos de cada um dos pontos que permitiram a redução da tarifa, informando que esta explicação só ocorrerá posteriormente, mas certamente o atraso nas obras foi a principal causa da redução.
O pedágio é cobrado desde 2014, mas a ECO101 entregou apenas 8% do trecho que deveria ter sido duplicado até o sexto ano de concessão. Eram para ter sido entregues 230 km, mas a própria ANTT informou que apenas 15,5km foram duplicados.
Ainda nesta terça o deputado Enivaldo dos Anjos voltou a discursar da tribuna do plenário Dirceu Cardoso criticando o fato de a ECO 101, que ele chama, ironicamente, de “Eco 171”, em alusão ao artigo do Código Penal que trata de estelionato, gastar vultuosas quantias em publicidade “tentando convencer a população de que ela cumpre sua obrigação, quando não cumpre”.
As cobranças de Enivaldo dos Anjos ficaram mais contundentes a partir de agosto, quando ele participou de uma audiência ampliada da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia e se recusou a fazer perguntas aos diretores da concessionária da BR 101 por “não acreditar nas respostas que eles vão dar”.
Na sessão da Comissão, foram ouvidos dirigentes do Consórcio Eco 101 e da agência reguladora do Governo Federal e Enivaldo dos Anjos perdeu a paciência com os depoentes – José Carlos Cassaniga, presidente da Eco 101, Roberto Paulo Hanke, diretor superintendente da empresa, e Sérgio de Assis Lobo, da Agência Nacional de Transportes Terrestre.