Iniciado duas vezes na gestão do prefeito Alencar Marim (Podemos), o projeto de coleta seletiva de lixo em Barra de São Francisco já está sendo retomado pela gestão de Enivaldo dos Anjos (PSD). A secretária municipal do Meio Ambiente, Lislei Moreira Batista, revelou que o novo projeto deverá começar pelo Centro da cidade e pelas próprias secretarias municipais.
Hoje, 26, foi dia de limpeza do galpão alugado pela Prefeitura para abrigar os equipamentos da antiga usina de reciclagem, que ficava no alto de um morro no bairro Nova Barra, ao lado do lixão. O galpão foi alugado na administração anterior, mas acabou sendo fechado este ano, após o início da pandemia.
“A melhor parte do lixo vai para o próprio lixão. Por isso, estamos estudando promovendo o retorno da coleta seletiva. E de início começaremos no centro da cidade e nas próprias secretarias da prefeitura”, informou a secretária.
Lislei esteve visitando o Aterro Sanitário (Lixão), no bairro Nova Barra, junto com uma equipe técnica, para verificar a situação do local e tem se reunido com os membros da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Barra de São Francisco (Ascamarb).
Segundo a ex-vereadora e educadora Zilma Matos, uma das fundadoras da Ascamarb, a situação da entidade já está sendo regularizada e, em breve, eles poderão voltar a fazer a coleta seletiva, fora do lixão.
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De acordo com o prefeito Enivaldo dos Anjos, a Prefeitura já está fazendo uma campanha de conscientização da população. “Precisamos contar com a ajuda e compreensão de nossa população, para que só descarte o lixo no dia correto que houver a coleta tanto do lixo doméstico quanto da reciclagem. Evite jogar materiais ou mesmo lixo nas calçadas, ruas, avenidas, praças ou mesmo em terrenos. Isso deixa a cidade suja e degrada o nosso meio ambiente. Cidade limpa é cidade linda. Para isso, precisamos que todos façam sua parte”, destacou.
Problemas com a Ascamarb
A coleta seletiva de lixo foi iniciada na gestão passada, no final de 2018, mas acabou emperrando por falta de acordo entre os membros da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (Ascamarb). Parte deles se recusava abandonar o Aterro Sanitário (Lixão) e foi preciso que a Prefeitura colocasse até um vigia no local para impedir a entrada dos catadores, mas isso quase causou uma tragédia.
Um dos catadores eventuais que frequentava o Aterro Sanitário, acabou atacando o vigia a pauladas e este foi hospitalizado. A falta de recursos para adquirir equipamentos de coleta também pesou na paralisação.
Somente em junho do ano passado, com a união de várias entidades, nomeadamente a Paróquia de São Francisco de Assis, a Cáritas Paroquial, a Associação de Ministros Evangélicos (AME), Ascamarb e Prefeitura, através de várias secretárias municipais, Ifes Campus de Barra de São Francisco, CDL e veículos de comunicação, foi lançado um novo projeto de coleta seletiva, começando pelo bairro Irmãos Fernandes e se estendendo pelas principais avenidas da cidade.
A Prefeitura alugou um galpão, na saída para Mantena – próximo à Fiat Belle – para instalar os equipamentos da usina de lixo que funcionava no aterro sanitário e passou a pagar uma ajuda de custo de R$ 250 para cada catador.
Porém, como a situação da Ascamarb ficou irregular a Prefeitura não pode mais fazer o repasse e os catadores acabaram tendo que parar o serviço devido à pandemia do coronavírus. (Weber Andrade com Ascom/PMBSF)