O suspeito de matar a ex-namorada, Karina Freitas, de 20 anos, e a mãe dela, Silvanete dos Santos Freitas, de 38 anos, foi preso pela Divisão de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), nesta segunda-feira, 29. Ele confessou o crime e foi encaminhado para um presídio.
O nome do autor do crime – Adenilton de Jesus Nascimento dos Santos, 27 anos, já tinha sido informado à nossa reportagem no dia do crime.
Uma fonte do site TNL disse que o acusado e agora réu confesso é primo de um filho dela, uma criança de colo, que ela teve com o pai de Adenilson.
Essa mulher, também é mãe de outro jovem, Alef, que morreu vítima de emboscada no interior de Águia Branca, no início deste ano.
“Eles (amigos) fizeram até churrasco recentemente em Águia Branca para comemorar a soltura do assassino do meu filho”, lamenta ela.
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“Esse que matou as duas mulheres é nosso parente, a gente fica triste com a situação. Aqui, a polícia ‘está o bicho’ à procura do assassino e já avisou para ninguém da família das mulheres ficarem na casa ou nas proximidades de onde aconteceu o duplo assassinato, porque o criminoso ainda pode voltar para matar outra mulher”, relatou a mãe do jovem de Águia Branca um dia após os crimes em Vila Velha.
Ainda segundo essa mulher, a sogra do assassino de Vila Velha, além de ser catadora, estaria envolvida com o tráfico de drogas.
As catadoras de recicláveis Karina de Freitas, de 20 anos, e a mãe dela, Silvanete dos Santos Freitas, de 38 anos, foram assassinadas a tiros por Adenilson que é ex-marido de Karina e matou as duas depois que a ex começou um novo relacionamento. A identidade dele não foi confirmada pela Polícia Civil.
A testemunha relatou que ela e Silvanete estavam em casa e tomaram um susto quando o suspeito entrou na residência. Ele teria dito que a ex-esposa, Karina, tinha passado o contato dele para que o atual namorado dela o ameaçasse.
“A minha irmã disse que não foi a Karina, foi ela que tinha dado o contato dele para resolver o problema. Ela disse: “estou cansada (da discussão) e vou na delegacia hoje”. Ele disse que ela não ia ter tempo de ir na delegacia, tirou a arma e deu um tiro na cabeça dela. Entrei em estado de choque”, relatou.
A irmã contou que depois de atirar e matar Silvanete, o suspeito fugiu. Antes de sair da casa, ele disse que “iria terminar”. Segundo a mulher, ela tentou avisar a sobrinha sobre a ameaça, mas não conseguiu.
“Eu corri e avisei a minha mãe. Não deu tempo de avisar a Karina. Quando eu cheguei, já tinha acontecido essa tragédia. Tentei ligar, tentei procurar o número dela, mas na hora entrei em estado de choque”, contou emocionada a tia de Karina.
A tia de Karina disse ainda que o suspeito e a sobrinha discutiram no dia anterior ao assassinato. O suspeito fez ameaças à jovem, que relatou a conversa a familiares. Eles não estavam mais juntos há cinco meses, mas o homem não aceitava o fim do relacionamento.
“Quando soube que ela estava namorando, ele disse: “ou você termina, ou eu vou te matar’. Ela falou que não terminaria e não voltaria com ele. Minha irmã foi conversar com ele e ele saiu na rapidez. Hoje voltou e fez esse negócio todo”, lamentou.
Mãe e filha trabalhavam como separadoras de materiais recicláveis. Primeiro, o suspeito teria matado Silvanete, no bairro Zumbi dos Palmares. Em seguida, ele foi até o bairro Jardim Marilândia, onde matou a ex-mulher em um galpão onde ela trabalhava.
Testemunhas contatam que o criminoso chegou no local pedindo a certidão de nascimento de uma criança, que seria filha do casal, para Karina. Depois, ele atirou contra a jovem, que morreu no local. (Da Redação com g1 Espírito Santo)