A proximidade da conclusão das obras de construção da barragem no rio Itaúnas, logo abaixo da chamada Cachoeira dos Mol (que na verdade fica logo acima da propriedade da familia Bianquini), poderá transformar o local em ponto turístico e balneário, após o término da barragem.
Um dos herdeiros do senhor João Bianquini, o proprietário rural Renato Bianquini, disse aos sites vozdabarra.com.br e contestado.com, que, além de criar peixes na barragem, pretende também investir em um balneário logo abaixo da cachoeira e antes da lâmina d’água da represa.
Renato Bianquini salienta que a lâmina não deverá atingir o “pé” da cachoeira e, por isso, pretende criar ali condições para a formação de um açude onde as pessoas possam frequentar durante o dia, principalmente no verão. “Gostaríamos a empreiteira que está fazendo a obra nos ajudasse a retirar algumas pedras próximas ao local para que possamos ter ali um açude”, disse, salientado que conta o apoio do prefeito Alencar Marim e do deputado Enivaldo dos Anjos para a empreitada.
Para o líder do Comitê de Defesa da Bacia do Rio Itaúnas, José Carlos Alvarenga, o Carlinhos, a construção da barragem já está trazendo reflexos positivos para as comunidades no entorno, principalmente as que ficam abaixo da mesma. Ele salienta que hoje já existem agricultores investindo mais em plantios de culturas sazonais e perenes, devido à perspectiva de conclusão da obra.
As obras estão em ritmo acelerado e devem ser concluídas em meados de agosto ou início de setembro, quando o leito da barragem começará a ser formado. Como o curso do rio não poderá ser totalmente interrompido, a barragem só deverá estar totalmente cheia por volta de outubro ou novembro.
A obra requer investimentos de R$ 1,360 milhão com a inundação de cinco hectares de área (o correspondente a cinco campos de futebol), permitindo o acúmulo de 100 milhões de litros de água como reserva estratégica para a segurança hídrica.
“A obra beneficia a toda a região, garantindo reforço para os tempos de estiagem, para uso na agricultura e no abastecimento humano. Tivemos que aprender com a última estiagem que castigou, principalmente, as regiões norte e noroeste do estado”, afirma Enivaldo dos Anjos, que visitou a barragem recentemente. (Weber Andrade)