Começa na segunda-feira, 23, e segue até o dia 22 de maio a 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe). Este ano, a ação começa com um mês de antecedência por decisão do Ministério da Saúde, devido ao combate ao novo coronavírus no mundo e em virtude de casos confirmados no Brasil. O Dia D de mobilização nacional será realizado no dia 9 de maio.
A antecipação da campanha tem dois objetivos: o primeiro deles é facilitar e acelerar o diagnóstico da síndrome respiratória Covid-19; o segundo motivo é evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado com casos de influenza.
Com isso pretende-se reforçar a prevenção de doenças respiratórias no público que mais tem sido afetado pelo novo coronavírus, formado por idosos. Antes, a campanha previa primeiro imunizar as gestantes, crianças com até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos.
No entanto, a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, explica que a vacina contra a gripe não protege contra o Covid-19, mas contra tipos de influenza. Por esse motivo, a imunização pode ajudar no diagnóstico de pessoas com suspeita de Covid-19, por eliminação, dos profissionais de saúde.
“Essas doenças contempladas pela vacina serão descartadas na triagem de pacientes que chegarem às unidades de saúde com sintomas de gripe e informarem já terem sido imunizados”, explicou.
Em relação à qualidade, as vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm um perfil de segurança excelente e são bem toleradas. Elas são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados, portanto, não contêm vírus vivos e não causam a doença.
No entanto, eventos adversos pós-vacinação (EAPV) podem ocorrer, como dor no local da injeção, vermelhidão e endurecimento da pele (em 15% a 20% dos pacientes); além de febre, mal-estar e mialgia que podem começar de 6 a 12 horas após a vacinação e persistir por um a dois dias (menos de 10% dos vacinados apresentam esses sintomas).
Doadores de sangue – Muitas pessoas não sabem, mas toda vez que alguém toma uma vacina, fica impedido de doar sangue. O período de restrição varia, conforme o tipo de vacina.
No caso da vacina contra influenza, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os candidatos elegíveis à doação que tiverem sido vacinados devem ser considerados como inaptos temporariamente, pelo período de 48 horas.
Quem deve tomar a vacina da gripe em 2020?
A partir desse ano, adultos de 55 a 59 anos também terão direito a receber uma dose nos postos de saúde de todo o Brasil (antes, o imunizante era oferecido dos 60 em diante). A meta no Espírito Santo é vacinar 90% do público-alvo, totalizando 1.216.320 pessoas. As doses estarão disponíveis nas 493 salas de vacinação em todos os 78 municípios do Espírito Santo.
Para a realização da campanha no Espírito Santo, o Ministério da Saúde enviou o cronograma de distribuição das vacinas Estado, e a previsão de entrega para a primeira remessa são 181.200 doses até o dia 17 de março.
Campanha será realizada em três etapas
A 22ª Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza terá duração total de dois meses e será dividida em três etapas, começando pelos idosos e trabalhadores da área da saúde.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, a segunda etapa da campanha de vacinação, prevista para começar em 16 de abril, contemplará professores e profissionais das forças de segurança e salvamento.
Já a terceira fase, a partir de 9 de maio, irá contemplar os demais cidadãos pertencentes ao público-alvo. Neste dia também será realizado o Dia D de mobilização nacional.
Calendário
A partir de 23 de março – Idosos (60 anos e mais) e trabalhadores da saúde;
A partir de 16 de abril – Professores de escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento;
A partir de 9 de maio – Crianças de 6 meses a menores de 6 anos; portadores de escolas públicas e privadas de doenças crônicas; não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; Gestantes; Puérperas; Povos indígenas; Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; População privada de liberdade; Funcionários do sistema prisional; e Adultos de 55 a 59 anos de idade.
Veja a lista do público-alvo para a imunização
Pessoas com 55 anos ou mais de idade;
Crianças de seis meses a 5 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);
Gestantes;
Puérperas (até 45 dias após o parto);
Trabalhadores da saúde;
Professores das escolas públicas e privadas;
Povos indígenas;
Grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas;
População privada de liberdade;
Funcionários do sistema prisional e forças de segurança e salvamento.
(Secom/ES editado por Weber Andrade)