O governador Renato Casagrande publicou post nas redes sociais na manhã de hoje, 21, comemorando o resultado do Ranking de Contratações Emergenciais em função da pandemia do coronavírus. O ranking inédito foi produzido pela Ong Transparência Internacional. O Espírito Santo aparece com a nota 97,47. A capital do Estado, Vitória, também aparece bem posicioanda na pesquisa, em 4º lugar com nota 60,76.
“Mais uma vez, o ES é campeão em transparência. Desta vez, o 1° lugar é no ranking da transparência dos Estados nas contratações emergenciais durante a pandemia da Covid-19, feito pela Transparência Internacional”, postou o governador em sua página no Facebook.
Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás e Paraná aparecem com uma avaliação ótima. Já entre as capitais, João Pessoa e Goiânia lideraram o ranking. (Veja o ranking de todos os Estados no final da matéria).
Por outro lado, os governos de Roraima e São Paulo são os menos transparentes na divulgação dos contratos emergenciais feitos durante a pandemia de Covid-19, mostra o ranking. Entre as capitais, o pior índice é o da Prefeitura de Belém (18,99%).
A ONG analisou os sites, redes sociais e portais de transparência dos governos de todos os 26 Estados e do Distrito Federal e de todas as 27 capitais.
O resultado indica que boa parte dos governos estaduais e municipais não está cumprindo as exigências da Lei Federal nº 13.979/2020, que regulamentou as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente da pandemia do coronavírus. Essa legislação exige transparência nas contratações emergenciais.
Ao não dar transparência aos contratos feitos sem licitação, os governos dificultam a fiscalização e impedem que a sociedade veja como o dinheiro público está sendo usado durante a pandemia do coronavírus.
“A flexibilização dos controles e a realização dos procedimentos sem o processo licitatório acabam aumentando o risco de corrupção”, afirma Guilherme France, coordenador da pesquisa da Transparência Internacional.
“Nós vimos nas últimas semanas diversos indícios de irregularidades em contratos (relacionados à Covid-19), no Rio, em Santa Catarina, que foram identificados justamente pelas informações divulgadas por esses portais.”
Com recursos e equipes maiores, segundo a ONG, os 26 estados do país e o DF tiveram melhor desempenho, com pontuação média de 59 pontos em 100 possíveis. Já as prefeituras das capitais tiveram média de 45 pontos.
Cerca de metade dos estados recebeu nota boa ou ótima, entre 79 e 100. Dos restantes, apenas São Paulo e Roraima tiveram nota ruim, de 20 a 39.
Já entre as prefeituras das capitais, que têm menos recursos e equipes de transparência, segundo a ONG, só cinco tiveram nota boa ou ótima. Outras nove tiveram nota ruim. Belém foi a única com avaliação péssima, de 0 a 19. (Weber Andrade com G1 Bem Estar)