
O valor global da cesta básica estipulada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para a sobrevivência de uma família de quatro pessoas, teve um pequeno aumento (0,27%) de outubro para novembro, em Barra de São Francisco, mas, entre março, quando começou a pandemia e o mês passado, a cesta acumula aumento de 16,44%.
O preço da cesta ultrapassou pela primeira vez de R$ 500,00 em Barra de São Francisco no mês de outubro. Na comparação com os preços praticados em setembro, o aumento foi de 8,65%. O valor total era de R$ 469,36 e foi pra R$ 509,97. No mês passado, o valor subiu para R$ 511,37.
Na comparação com os preços que eram praticados em março, antes da pandemia da Covid-19, o arroz, agora, acumula alta de 69,16%, o óleo de soja subiu 69,46%, a carne, 43,5% e o leite, 16,44%.
Entre outubro e novembro, a banana (7,64%) e a batata inglesa (8,95%) foram o produtos que mais subiram. O tomate que teve aumento de 78,14% em outubro, agora caiu de preço e está custando 16,97% mais barato do que outubro.
Dos 13 produtos da cesta básica do Dieese, apenas 6 tiveram aumento e 7 tiveram redução nos preços em Barra de São Francisco, no mês passado.
Vitória – Com um aumento de 9,72% de outubro para novembro deste ano, Vitória registrou o terceiro maior aumento do valor da cesta básica entre as capitais de todos os Estados do Brasil. Com isso, o gasto médio dos capixabas com a cesta passou de R$ 552,85 para R$ 606,59.
Os dados foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável por avaliar os gastos dos brasileiros.
Os produtos que registraram as maiores elevações de preços em Vitória foram a batata (68,32%), o tomate (42,44%) e a carne (8,25%).
De acordo com o Dieese, o valor atual da cesta básica na capital do Espírito Santo corresponde a 62,75% do salário mínimo, tornando-a a quinta capital onde o custo com produtos básicos de alimentação mais compromete os salários.
O primeiro lugar é do Rio de Janeiro, onde a cesta básica representa 65,14% do salário mínimo.
Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos indicam que o conjunto dos alimentos básicos sofreu aumento em 16 capitais.
Brasil – Em novembro, o preço da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. Recife foi a única capital onde o custo da cesta caiu, registrando menos 1,30% de seu valor.
As maiores altas foram observadas em Brasília, 17,05%; Campo Grande, 13,26%; e Vitória, 9,72%.
Segundo o Dieese, o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata tiveram alta expressiva na maioria das capitais.
A cesta básica mais cara do país é a do Rio de Janeiro, onde custava, em média, R$ 629,63 em novembro. A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju, com custo médio de R$ 451,32.
Com base no preço da cesta básica mais cara observada pela pesquisa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 5.289,53 em novembro, o que corresponde a 5,06 vezes o mínimo atual, de R$ 1.045.
Por causa da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a coleta de dados pelo Dieese, na maior parte das capitais analisadas, tem sido feita virtualmente. (Weber Andrade com G1 Espírito Santo e Dieese)