Weber Andrade*
O Espírito santo apresentou um crescimento do comércio varejista ampliado de 8,8% em fevereiro deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado e 5,6% na comparação com janeiro deste ano. A informação consta da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comércio varejista ampliado, inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção. Na média nacional o volume de vendas avançou 4,1% frente a janeiro, na primeira variação positiva após duas quedas seguidas. Com isso, diminuiu o ritmo de queda da média móvel do trimestre (-0,5%) ante o trimestre encerrado em janeiro (-1,6%).
O Estado também teve crescimento maior que a média estadual no varejo simples. Em fevereiro de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 0,6%, frente a janeiro, na média nacional, enquanto o Espírito Santo teve crescimento de 2,1% na comparação com janeiro e 8,7% em 12 meses, levando-se em conta apenas a variação da receita nominal.
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista no Brasil teve queda de 3,8% frente a janeiro de 2020, acumulando no ano um recuo de 2,1%. Já o acumulado nos últimos 12 meses foi de 0,4%, mantendo redução de ritmo pelo quarto mês seguido. Em janeiro, esse indicador era 1,0%.
O avanço de 0,6% no volume de vendas do varejo, em fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, teve taxas positivas em quatro das oito atividades pesquisadas: Livros, jornais, revistas e papelaria (15,4%), Móveis e eletrodomésticos (9,3%), Tecidos, vestuário e calçados (7,8%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%).
Por outro lado, houve quedas nos setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%), Combustíveis e lubrificantes (-0,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,2%).
No comércio varejista ampliado, o crescimento de 4,1% no volume de vendas, em fevereiro, na série com ajuste sazonal, foi influenciado positivamente por Veículos, motos, partes e peças (8,8%) e Material de construção (2,0%).
Na comparação com fevereiro de 2020, o comércio varejista teve queda de 3,8%, com taxas negativas em cinco das oito atividades. Com maior impacto (-2,2 pontos percentuais), o setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo recuou 4,6% frente a fevereiro de 2020, invertendo o movimento dos dois meses anteriores. No primeiro bimestre de 2021, o segmento caiu 0,6% frente ao mesmo bimestre de 2020. O acumulado dos últimos 12 meses, ao registrar 4,5%, o setor voltou a desacelerar, após três meses de altas.
Tecidos, vestuário e calçados teve queda de 18,6%, registrando 12 meses consecutivos de taxas negativas na comparação interanual. O setor foi o segundo em termos de influência, com impacto de -1,3 p.p. na taxa geral. O acumulado para os dois primeiros meses do ano ficou em -19,9%. Já o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -24,2% até janeiro para -25,4% em fevereiro, demonstra intensificação no ritmo de queda.
O segmento de Combustíveis e lubrificantes apresentou decréscimo de 10,4% no volume de vendas em relação a fevereiro de 2020, décimo segundo mês consecutivo de queda. Com isso, tanto o primeiro bimestre de 2021 quanto o acumulado nos últimos 12 meses permaneceram no campo negativo: -9,1% e -11,1%, respectivamente.
Vendas crescem em 19 unidades da
federação na comparação com janeiro
De janeiro para fevereiro de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista cresceu 0,6%, com predomínio de resultados positivos em 19 das 27 unidades da federação, com destaque para Amazonas (14,2%), Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Por outro lado, influenciando negativamente, estão oito UFs, sendo as principais, em termos de magnitude Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%).
Na mesma comparação, o comércio varejista ampliado avançou 4,1%, puxado por 22 UFs, sendo as mais intensas registradas no Amazonas (20,2%), em Rondônia (9,9%) e no Piauí (9,5%). Já pressionando negativamente, figuram cinco unidades da federação, com destaque para Acre (-5,3%), Tocantins (-2,1%) e Amapá (-1,6%).
Em 12 meses
Frente a fevereiro de 2020, as vendas do comércio varejista caíram 3,8%, com predomínio de resultados negativos, que atingiram 18 UFs, principalmente Rio de Janeiro (-8,5%), Rio Grande do Sul (-12,0%) e São Paulo (-1,8%). Pressionando positivamente, no entanto, estão nove UFs, destacando-se Piauí (14,1%), Pará (4,1%) e Pernambuco (2,0%).
No comércio varejista ampliado, ante janeiro de 2020, houve quedas em 14 unidades da federação. Os destaques no campo negativo ficaram por conta de São Paulo (-2,9%), Rio de Janeiro (-7,3%) e Rio Grande do Sul (-9,0%). Das 13 UFs que registraram variações positivas, destacam-se Pernambuco (9,5%), Minas Gerais (2,7%) e Espírito Santo (8,8%).
*Com informações da Agência IBGE