O governador Renato Casagrande anunciou agora há pouco que a rede estadual de ensino vai parar a partir de amanhã, 17.
De acordo com a nota inicial do governador, as aulas continuariam até sexta-feira, 20 e a partir de segunda-feira, 23 seriam antecipados 15 dias das férias de fim de ano, em função da pandemia do coronavírus. Agora há pouco o governador decidiu paralisar imediatamente as aulas.
Em Barra de São Francisco, a secretária municipal de Educação, Delma Ker, informou que as escolas continuam funcionando em horário normal e que tanto os servidores quanto os alunos estão recebendo orientações sobre medidas protetivas contra a doença. “Estamos aguardando o posicionamento do Estado e da Undime”, afirma Delma, sobre a possibilidade de paralisação das aulas.
Na semana passada o coordenador do Centro de Operações Estratégicas (COE) da Secretaria da Saúde (Sesa), Luiz Carlos Reblin, reuniu-se com o assessor de Gestão Escolar da Secretaria da Educação (Sedu), Saulo Andreon, para alinhar a elaboração de uma Nota Técnica orientativa sobre o Covid-19 especificamente para o público escolar (estudantes e profissionais da Educação). Atualmente, a Rede Estadual de Educação tem aproximadamente 230 mil alunos.
Esta nota técnica seria produzida entre as duas pastas (Saúde e Educação) e encaminhada às Secretarias Municipais de Educação, bem como às escolas da Rede Estadual.
De acordo com Reblin, esclarecer as dúvidas dos estudantes e ter profissionais bem orientados dentro das escolas é fundamental para replicar informações verdadeiras.
Ele destacou que desde que o surgimento dos primeiros casos se iniciou as discussões e alinhamentos com os municípios, hospitais, sistema prisional e outros setores da sociedade, estabelecendo o que pode acontecer, os casos suspeitos que irão aparecer.
“Estamos tentando ativar todos os pontos sensíveis estabelecendo os fluxos e protocolos para que em uma situação em que acontecer um caso, a gente saiba como proceder”, disse.
As notas técnicas orientativas que estão sendo produzidas contam com informações sobre as medidas preventivas, como a higiene com as mãos, como também a conduta frente a possíveis casos que podem ocorrer em qualquer estabelecimento, como nas escolas.
Reblin explicou que na hipótese de ter uma pessoa com os sintomas na sala de aula, essa pessoa deve ser retirada e permanecer em casa, e as aulas continuam normalmente. “Mas se aparecerem, por exemplo, cinco casos, aí sim vai se tomar uma atitude em relação àquela sala”, frisou.
A Sedujá produziu um card para redes sociais com as orientações básicas de cuidados que os estudantes devem ter e a quem devem procurar na escola caso haja alguma suspeita. O material é utilizado como mais uma ferramenta de informação.
Segundo o assessor de Gestão Escolar da Sedu, Saulo Andreon, é fundamental orientar os alunos e profissionais da educação sobre os cuidados necessários para manter a doença longe das escolas. “Entendemos que esse diálogo com a Secretaria de Saúde reforça as orientações já feitas para as escolas. Juntos, queremos ampliar essa rede de orientação para os alunos e toda a comunidade escolar acerca dos cuidados necessários que devem ser adotados no dia a dia da escola”. (Weber Andrade com Secom/ES)