O corretor de imóveis Marcos Perez, faz coro com grande parte dos cidadãos francisquenses que não gostaram das novas placas padrão Mercosul que estão sendo utilizadas em novos emplacamentos desde dezembro do ano passado. Para ele, o novo modelo cria dificuldade para identificar o proprietário ou a origem de um veículo, no caso de acidentes ou mesmo de envolvimento em algum crime. “Na placa antiga a gente sabia logo a origem do veículo”, analisa.
No entanto, ele reconhece que, em caso de prática de crimes os veículos geralmente são roubados ou furtados e têm suas placas adulteradas.
Fora o incômodo de não saber mais, de imediato, a origem do veículo, as placas do Mercosul têm agradado, embora o custo, em torno de R$ 200 o par, também esteja no rol das reclamações feitas pelos cidadãos.
Esta semana o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran/ES), informou que até o momento, mais de 68 mil veículos já circulam com a nova placa no Estado. No Espírito Santo, 35 empresas estampadoras de placas já estão aptas a realizar o serviço e outras estão em processo de credenciamento junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
A implantação da nova placa foi estabelecida, de forma obrigatória, pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), e visa padronizar as placas dos veículos de países que compõem o Mercosul para otimizar a segurança nas vias das fronteiras.
A nova placa permite ainda que os agentes de trânsito brasileiros punam os condutores de outros países, que cometiam infrações e não sofriam as penalidades por conta da falta de registro no Brasil. Além disso, outro motivo para a necessidade da implantação do novo modelo da placa é que a combinação alfanumérica em uso anteriormente já estava no final.
A troca é obrigatória para os veículos de primeiro emplacamento, procedimentos de transferência de propriedade e mudança de município ou estado, alteração de categoria, troca de placas danificadas e na reposição de placas perdidas.
No Espírito Santo, por exemplo, se mantivesse a combinação de três letras e quatro números, as combinações se esgotariam no máximo até março deste ano.
Vantagens – Um dos principais benefícios oferecidos pela nova placa é a segurança. Ela possui gravação a laser, efeitos visuais, número de série criptografado e um QR Code. Esse último item tem o objetivo de dificultar a clonagem de veículos.
Para realizar o serviço com a mudança da placa, o proprietário do veículo deve se dirigir à unidade do Detran/ES e abrir um processo para a o serviço que deseja realizar.
O Detran/ES faz a auditoria da documentação e registra no sistema da Base Nacional e, paralelamente, o interessado deverá pagar as taxas referentes ao serviço do Órgão. Após o pagamento, será enviado ao interessado um SMS com o código autorizador do emplacamento. O cidadão deverá escolher a empresa estampadora para que ela confeccione e instale a placa.
Concluído o serviço, a estampadora comunica ao Detran/ES e o interessado deverá retirar seu novo documento do veículo na unidade do órgão.
Se o proprietário do veículo optar por contratar um despachante credenciado ao Detran/ES, todos os passos serão executados por esse profissional que, ao final do processo, solicitará a afixação da placa por uma estampadora.
Como é a nova placa?
A nova placa tem o fundo branco e uma faixa azul na parte superior, onde estão dispostos o símbolo do Mercosul e a bandeira do Brasil. Além disso, possui quatro letras e três números. O veículo que já possui a placa cinza e precisa fazer a mudança para a de padrão Mercosul obedecerá ao seguinte padrão: as três primeiras letras se mantêm, o primeiro, terceiro e quarto número também, já o segundo número será trocado por uma letra entre A e J, correspondente aos números de 0 a 9, conforme disposto abaixo.
0 = A, 1 = B, 2 = C, 3 = D, 4 = E, 5 = F, 6 = G, 7 = H, 8 = I e 9 = J
Então, um veículo que tenha a placa antiga ABC-1234, no padrão Mercosul, ficará da seguinte forma ABC-1C34. O Detran/ES explica que os primeiros emplacamentos de veículos continuarão recebendo com a sequência que vinha sendo distribuída anteriormente, de QRB até QRM.
As placas dos veículos de categoria especiais são identificadas por dígitos em cores distintas, conforme a categoria do veículo.
Categorias
Preto: veículo particular
Vermelho: veículo comercial (aluguel e aprendizagem)
Azul: oficial e representação
Dourado: diplomático/consular (missão diplomática, corpo consular, corpo diplomático, organismo consular e/ou internacional e acordo cooperação internacional)
Verde: especiais (experiência/fabricantes de veículos, peças e implementos)
Cinza/prata: coleção
(Weber Andrade com Secom/ES)