Em coletiva de imprensa online nesta sexta, 18, o técnico da seleção brasileira masculina, Tite, falou sobre a nova convocação para o início das Eliminatórias da Copa de 2022. A Seleção enfrenta a Bolívia na Arena Neoquímica Corinthians, em São Paulo, dia 9 de outubro, e depois viaja ao Peru para enfrentar os donos da casa no dia 13, em Lima.
Veja os nomes da nova lista:
Goleiros: Alisson (Liverpool), Santos (Athletico-PR) e Weverton (Palmeiras)
Laterais: Danilo (Juventus), Gabriel Menino (Palmeiras), Alex Telles (Porto) e Renan Lodi (Atlético de Madrid)
Zagueiros: Thiago Silva (Chelsea), Marquinhos (Paris Saint-Germain), Felipe (Atlético de Madrid) e Rodrigo Caio (Flamengo)
Meio-campistas: Casemiro (Real Madrid), Fabinho (Liverpool), Bruno Guimarães (Lyon), Douglas Luiz (Aston Villa), Philippe Coutinho (Barcelona) e Everton Ribeiro (Flamengo)
Atacantes: Gabriel Jesus (Manchester City), Rodrygo (Real Madrid), Neymar (Paris Saint-Germain), Everton (Benfica), Roberto Firmino (Liverpool) e Richarlison (Everton)
O treinador lembrou que se informou sobre a formação de base de Gabriel Menino, do Palmeiras, com consultas a treinadores da base do time paulista e ainda a Paulo Victor Gomes, que era da seleção sub-15 e agora está na sub-17.
“Ele teve sete jogos nessa posição (lateral) no Palmeiras. Ele teve na base a formação como lateral também, falamos com Angelo do sub-15. Pegamos todas as informações de características pessoais e técnicas. Todo o histórico, além do acompanhamento em quatro jogos in loco e oito pela TV. É um novo talento surgindo em posição importante que nós temos. Mas, em termos táticos, vou responder o mesmo que falei sobre Daniel Alves, que estava jogando no meio no São Paulo. Ele fazia função de armação no time, mas também esta função na Seleção. O Menino é inverso. Ele vai ter função ofensiva para ser articulador na Seleção”, comentou o treinador.
Convocação na pandemia
“Falar do lado profissional e humano é bastante difícil. Enquanto humano, vou pela busca da saúde para todos, enquanto ser humano, cidadão, pai. Enquanto profissional, o trabalho nos complementa, estamos tentando acompanhamento médico e retomar o futebol nos deixa de alguma forma feliz. Fazer o que a gente gosta, mas colocando o lado humano na frente. Coloco o lado humano na frente.”
Observação de adversários
“A parte clínica, física e técnica, todas as equipes não têm (nesse momento) parte tática e não estão se mostrando. Nós e eles. Então, fica prejudicada em termos estratégicos, mas a essência somos nós, nosso desempenho e nosso resultado.”
Não chamar Gabigol
“Você falou do chamado de março para setembro… são seis meses. Mas o que vale é o desempenho técnico, individual. Eu falo para o atleta: a mecânica da equipe é uma coisa, o domínio, o passe, estar em forma, isso é responsabilidade do atleta. Serve para todos. Fazemos análise muito mais individual do que o coletivo. Mas auxilia o coletivo? Claro. Mas são as duas coisas.”
Versatilidade
“Neymar tem sido utilizado de diversas formas. Menino, a função dele, um termo que o Paulo usou, que é um lateral meio-campista na articulação, podendo jogar na amplitude. Tem experiência e formação para tal. São funções similares. Sobre Marquinhos, você está falando com técnico que o lançou com 17 anos de idade como volante, jogou de lateral também. E joga como zagueiro.”
Cuidados sanitários
“Tenho certeza de que esse posicionamento que todos temos é de primeiro respeitar as pessoas que têm lugar de fala. Médicos como o doutor Pagura, doutora Andrea, depois disso, preservando lado humano, termos o lado profissional desenvolvido. Tomara que tenhamos sempre discernimento para podermos nos orientar também. Difícil transmitir sentimento, estar perto do torcedor é energia inconteste. Fui ver o jogo no Maracanã, sem público e você pensa “que coisa estranha”. Você quer entrar no ritmo normal e pensa “não é normal”. Nada substitui o lado humano, nada.”
Renovação
“Equilíbrio é o que eu acredito. Excelência de futebol é quando você cria e faz gols, é sólido defensivamente e traduz isso em vitória. Iniciei a minha carreira no Guarani de Garibaldi. Tirei um zagueiro e botei atacante, ganhamos de 2 x 1. Virei gênio! Aí três jogos depois, fiz a mesma coisa e perdemos o jogo. Virei burro. Mas foi mais que isso. Ali entendi que equilíbrio te estabelece a chance maior de vitória.”
Vantagem de a Bolívia não ter voltado
“Estar com mais ritmo, talvez sim (termos vantagem). Da mesma forma, quem vai jogar vai sofrer muito com a altitude, com ritmo e altitude. Sabemos da dificuldade que é. Dos 23 jogos oficiais, conversamos ontem que a Bolívia lá foi um dos únicos três jogos que não fizemos gol. As dificuldades vão acontecer, a expectativa é inevitável. Vamos procurar nossa excelência. Temos média de quase 2,5 gols por partida. Dos 23 jogos, 17 não levou gol. Perdeu um, ficou fora da Copa. Fez outra sequência de vencer a Copa América em casa, depois de perder Neymar e tentar ajuste nos primeiros dois jogos, depois se acertou e fez jogos bons. E teve o melhor momento das Eliminatórias. Queremos retomar esse parâmetro.”
As mudanças
Foram sete mudanças em relação à lista de março, que terminou cancelada pela suspensão dos jogos devido aos efeitos da pandemia de Covid-19 em todo o mundo.
A grande novidade – e único estreante – é Gabriel Menino, convocado para a lateral direita. Entre as mudanças da lista de março – foram sete ao todo – e a divulgada ontem, 18, também estão:
Alisson, recuperado de lesão, e Santos. Na anterior, foram chamados, Ederson, do City, e Ivan, da Ponte.
Na defesa, convocou Rodrigo Caio e tirou da lista Eder Militão.
Menino e Alex Telles na lateral, antes foram convocados Daniel Alves e Alex Sandro.
Douglas Luiz voltou a ser lembrado. Antes, o nome de Tite foi Arthur.
No ataque, entrou Rodrygo. Saíram Gabriel Barbosa e Bruno Henrique.
(Weber Andrade com ge)