De acordo com o último balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), nesta segunda-feira, 21, mais de 200 localidades, de 78 municípios foram afetados em todos os 9 estados do Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe pelo derramamento de óleo no oceano.
Até o momento o Ministério do Meio Ambiente nao sabe dizer a origem do produto e, somente, esta semana, após ordem judicial, o Exército foi acionado para ajudar centenas de voluntários que estão trabalhando nas praias do nordeste para a retirada do óleo das praias.
A preocupação é de que esse óleo, que já atinge praias do sul da Bahia, também chegue no litoral do Espírito Santo. Para se preparar para esse momento, um comitê de emergência foi montado com representantes da Marinha, do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), que coordena o comitê.
De acordo com a Seama, ainda não é possível precisar a chegada do óleo ao Espírito Santo, porém o monitoramento é contínuo.
A secretaria informou que está em contato permanente com os gestores costeiros baianos, e recebe a todo momento informações atualizadas dos órgãos federais de meio ambiente.
Para o professor de Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Luiz Fernando Schetino, a ação preventiva como a criação do comitê é importante para minimizar danos.
“Já houve uma falha enorme que foi não atacar o problema de imediato. O impacto desse óleo é muito sério e de uma longa duração. Não só a questão do óleo, mas precisamos ter o olhar atento para o gás natural e preparar a população para uma eventualidade. É muito mais barato fazer essa ação preventiva, mas para isso é necessário um trabalho permanente”, afirma Schetino. (Weber Andrade com Secom/ES e G1 Espírito Santo)