Segundo estudo da Serasa Experian, 5,5 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes em julho de 2019, um novo recorde da série histórica iniciada em março de 2016. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um aumento de 5,6%, impulsionado pelo segmento de Serviços, cuja participação em julho de19 foi de 48,4%, com alta de 9,6% na relação com o mesmo período de 2018. Comércio (42,8%) e Indústria (8,3%) aparecem na sequência, ambos com variação de 2,0% entre julho/19 e julho/18. Na comparação com junho de 2019, o acréscimo foi de 0,6%.
O Espírito Santo ficou em 17º no ranking da inandimplência, com 2,7% de empresas com dívidas atrasadas ou negativadas. No Espírito Santo, as micro e pequenas empresas (MPE) representam 99% do total de empresas e já são responsáveis pela geração de 60% dos empregos formais, ou seja, a cada 10 vagas, seis foram geradas por MPE.
De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Estado a participação na geração de empregos é liderada pelas pequenas com 30,9%, seguido das microempresas com 28,8%, enquanto as grandes e médias empresas representam 27,3% e 13,1%, respectivamente.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “setores fortemente ligados à renda dos brasileiros, como o de Serviços, acabam reunindo o maior volume de empreendimentos com contas atrasadas e negativadas devido à precária geração de caixa. Com isso, os empreendedores buscam crédito para cobrir rombos em seus orçamentos, sem retorno imediato e, por isso, acabam deixando de honrar os compromissos financeiros”, comenta.
Por Estado, o Amapá teve a maior alta (12,0%) no número de micro e pequenas empresas com dívidas atrasadas e negativadas, no comparativo ano a ano. Na sequência estão Rio de Janeiro (10,8%) e Rio Grande do Sul (9,9%). Cinco Estados apresentaram queda: Santa Catarina (-12,6%), Alagoas (-5,0%), Rio Grande do Norte (-3,1%), Piauí (-2,7%) e Maranhão (-0,2%).
O empreendedorismo tem se destacado cada vez mais como alternativa para vencer o período de recessão. Em todo o país, os pequenos negócios já são vistos como fonte de geração de emprego e renda, superando as médias e grandes empresas. No Espírito Santo, as Micro e Pequenas Empresas (MPE) representam 99% do total de empresas e já são responsáveis pela geração de 60% dos empregos formais, ou seja, a cada 10 vagas, seis foram geradas por MPE.
Considerando empreendimentos de todos os portes (micro, pequenas, médias e grandes empresas), 5,8 milhões estavam com compromissos financeiros atrasados e negativados em julho/19, aumento de 4,4% em relação a julho/18. Na análise com junho/19, o número se manteve estável em 5,8 milhões. As micro e pequenas empresas representam 95% do montante total. (Weber Andrade com Serasa Experian e Aderes)