Entre a noite deste domingo, 20, e a madrugada de segunda, 21, a Lua passará pela sombra da Terra ficando totalmente obscurecida. Totalmente no sentido de cobertura, ou seja, toda sua face visível estará com uma sobra, mas ainda assim ela poderá ser vista. O auge acontece por volta de 2h40 do dia 21.
O eclipse se dá gradualmente, a Lua vai interceptar primeiro uma parte mais difusa da sombra projeta pela Terra no espaço, a chamada penumbra. Nesse estágio, principalmente no início, mal se consegue perceber que ela está obscurecida. Depois dessa fase, conhecida como penumbral, a Lua se encaminha para a parte central e mais escura da sombra chamada umbra. É nela que o eclipse propriamente dito fica evidente.
Conforme a Lua mergulha na umbra, além de ficar escurecida, ela vai ficando alaranjada também. Isso por que os raios solares que atingem a Terra atravessam sua atmosfera sem serem bloqueados. Durante essa passagem, entretanto, a luz acaba sendo espalhada e absorvida, em um efeito equivalente a uma filtragem.
A luz que emerge é mais avermelhada e é justamente essa luz que atinge a Lua deixando-a com essa cor. A iluminação da Lua pode variar de bem escura a um alaranjado intenso, quase vermelho. Além do efeito do espalhamento e absorção, a quantidade de partículas em suspensão na atmosfera influi na coloração da lua durante a fase de umbra e se a Lua estiver muito escura é sinal de que a atmosfera está com muitas partículas.
As melhores áreas para se observar o eclipse são as rurais, longe das luzes das cidades, uma vez que elas interferem na nossa visão. O melhor a fazer é se afastar da cidade, ir para um local tranquilo, um parque, uma área descampada.
Mais eclipses – Outro eclipse solar total será visível no Chile e em parte da Argentina, no dia 2 de julho. Os preços dos hotéis e das passagens aéreas para a região de melhor visibilidade já aumentaram – nos melhores lugares, inclusive, esgotaram. Será como o eclipse registrado nos Estados Unidos em agosto de 2017 – o Sol será totalmente “encoberto”, com animais se escondendo e tudo escuro por alguns segundos.
Em 16 de julho, um eclipse lunar parcial será visto na África e em parte da Europa. Nesse caso, o Brasil verá pouco do fenômeno. O ano acaba com um eclipse do tipo anular em 26 de dezembro, quando a Lua não bloqueia totalmente a visão do Sol, restando um anel iluminado a sua volta. Ele será visto apenas na Oceania e na Ásia. (Weber Andrade com G1)