Morreu nesta sexta-feira (1º) o homem de 47 anos, identificado como Anderson de Oliveira Hueto, conhecido como “Lemão”, que foi baleado na manhã de quinta-feira (30), no distrito de São José, em Mantenópolis, no Norte do Espírito Santo. Segundo a Polícia Militar, a vítima estava em casa e teria chegado um homem que se identificou como policial federal e requisitou que a vítima assinasse um documento. No momento em que a vítima foi confrontar o contato que estava no documento com o número de seu celular, o suspeito atirou várias vezes contra a vítima. O criminoso trajava jaqueta preta, calça e um distintivo da Polícia Federal no pescoço. Após o crime, ele fugiu a bordo de uma motocicleta, aparentemente CB Twister de cor preta.
A Polícia Militar informou que momentos depois, recebeu informações de que uma motocicleta com as mesmas características da utilizada pelo atirador estava incendiada na estrada do Córrego do Portilho, a cerca de 3 quilômetros do local do crime.
No local do crime a polícia recolheu sete cápsulas deflagradas de munição calibre 380 e outros dois projéteis de arma de fogo, além de três munições intactas calibre 38 – todos encaminhados para perícia.
A vítima foi socorrida pelo Servi de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a unidade de Pronto Atendimento de Mantenópolis, e posteriormente, foi transferida por um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) para um hospital de Colatina, onde morreu nesta sexta-feira.
A Parresia apurou que Lemão foi atingido por tiros na cabeça, maxilar e ombro.
CÂMERAS PODEM AJUDAR A ELUCIDAR CRIME
A Polícia Civil já recolheu imagens das câmeras de segurança da casa da vítima. A Parresia apurou que as imagens mostram que segundos depois da motocicleta pilotada pelo assassino chegar ao local do crime, um carro Gol de cor prata passa em frente a casa e retorna rapidamente. Os investigadores também já sabem que um carro com as mesmas características fez uma manobra brusca no local onde a moto foi achada pegando fogo. Para a polícia, no carro havia comparsas do assassino, que deram cobertura na execução e na fuga. A placa do carro onde estavam os criminosos é de Alto Rio Novo. Momentos após o crime, o mesmo carro passou em alta velocidade no Centro de Alto Rio Novo. A polícia já tem imagens desse trajeto feito pelos assassinos.
Uma testemunha contou que meses atrás a vítima teve um prejuízo estimado em R$ 5 mil após comprar pneus que nunca recebeu. Ele teria recorrido e o suposto policial federal, agora figurado como assassino, teria ido à casa de Lemão justamente com folhas desse suposto caso reportado por uma testemunha para que a vítima supostamente assinasse.
A Polícia Militar levantou informações que indicam que um homem que se identificou com suposto policial federal transitou há alguns dias atrás no Córrego do Portilho perguntando aos moradores aonde residia Anderson (que é a vítima assassinada).
RESPONDIA NA JUSTIÇA POR HOMICÍDIO
Segundo a Polícia Militar, Anderson de Oliveira Hueto, respondia na Justiça pelo assassinato de um jovem ocorrido em Alto Rio Novo – cidade vizinha de Mantenópolis.