Os números da dengue no Espírito Santo continuam em forte queda. O 26º Boletim Epidemiológico publicado esta semana, aponta que foram notificados 40.369 casos suspeitos de dengue no Espírito Santo com incidência de 1.004,54 casos por 100 mil habitantes desde o final do ano passado e a semana passada. Nesse período, foram confirmados 8 óbitos.
Seugndo o boletim, os casos de dengue no Espírito Santo seguem uma tendência de diminuição, com 18.883 casos a menos quando comparado à Semana Epidemiológica (SE) 26 de 2019. Na SE 26º deste ano, o Estado totaliza, até o momento, 40.369, enquanto no mesmo período do ano anterior foram 59.252 casos, uma redução de 31,87%.
Em Barra de São Francisco, a situação é ainda mais confortável. No primeiro semestre do ano passado, o município enfrentou um dos piores surtos de dengue da sua história, inclusive com a morte de uma empresária por dengue hemorrágica. No final de junho do ano passado, o município tinha média de 532 casos notificados por 100 mil habitantes e, este ano, até ontem, 25, a média era de apenas 22,4 casos por 100 mil habitantes, uma redução de 95,8%.
Para o prefeito Alencar Marim, essa redução drástica nos casos de dengue está relacionada com a pandemia da Covid-19 e a intensificação do trabalho da Vigilância Sanitária (VS). “Vejo que este ano, as pessoas estão mais conscientes dos problemas sanitários e o isolamento social, embora ainda esteja longe do ideal, tem contribuído para que todos cuidem melhor de suas residências e quintais, o que ajudou muito a evitar a proliferação do mosquito transmissor. Por outro lado, a nossa equipe da Vigilância Sanitária foi ampliada para fiscalizar as ações de higiene e isolamento social durante a pandemia e isto também reflete na melhoria dos indicadores de outras doenças, como dengue, zika e chikungunya”, avalia.
De acordo com o chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental, Roberto Laperriere Júnior, um dos fatores que influencia nesse resultado é a diminuição da temperatura, que tende a cair ainda mais durante o inverno. Nesse período, além da redução da circulação do aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya), as pessoas também utilizam roupas que cobrem mais o corpo, ficando menos expostas às picadas do vetor.
“As arboviroses são multifatoriais. Mas, um fator que influencia na queda de casos é a temperatura. Este ano, percebemos que o clima está mais ameno, com o frio chegando mais cedo do que no ano passado. Dessa forma, o vetor fica menos ativo e o cidadão passa a utilizar roupas mais cobertas, estando menos exposto ao mosquito”, disse Laperriere Júnior.
Segundo ele, a diminuição dos casos também é observada no diagrama de controle, um instrumento epidemiológico que é utilizado para compreender a dinâmica da doença e traçar o seu prognóstico. Ainda de acordo com o especialista, é importante que os cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti continuem sendo intensificados. “Isso para que não haja aumento dos casos a partir de setembro, quando inicia o período sazonal da dengue”, explica. (Weber Andrade com informações da Secom/ES)
Entretanto, os cuidados para a não proliferação do Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) devem continuar. Para evitar a proliferação do mosquito, é necessário que toda a população esteja empenhada no processo.
Cuidados
São cuidados importantes como varrer os quintais periodicamente; verificar se as caixas d’água estão limpas e lacradas; escovar bem as bordas dos recipientes de água e alimento dos animais; manter calhas sempre limpas; colocar areia nos pratinhos de planta e manter garrafas vazias de cabeça para baixo. (Weber Andrade com Secom/ES)