A notícia de que moradores de Cuiabá, no Mato Grosso, estavam fazendo fila na frente de um açougue para pegar ossos doados pelo estabelecimento, chocou parte da sociedade brasileira há cerca de 30 dias.
As famílias que estavam no local alegavam dificuldades financeiras e buscavam uma fonte de proteína que não lhes sacrificasse o bolso, já que a carne de boi teve aumento de mais de 70% desde o início da pandemia da Covid-19.
Mas quem acha que não tinha jeito de piorar, se enganou. Em Barra de São Francisco, um supermercado da cidade, em vez de doar, está vendendo os ossos de boi, a um precinho camarada: Apenas R$ 10 o quilo.
A informação foi passada à nossa reportagem por uma leitora, que está desempregada e gosta de comer ‘pescoço bovino’ com canjiquinha. “Geralmente, eu ganho o pescoço em um açougue da cidade, mas hoje (quarta-feira, 25), foi até a um supermercado na Rua Mineira e, no balcão frigorífico do açougue, vi lá que tinha osso de boi, acredito que do pescoço, para vender”, disse G. L. M., moradora do bairro Colina.
No açougue, a informação é de que os ossos à venda são tipo os de suã de porco, carne muito apreciada para fazer um prato típico de Minas Gerais e região, o arroz com suã e custa até mais barato.
E isto se tornou verdade desde o início deste ano, quando a suã suína ainda custava em torno de R$ 6 o quilo. Hoje, a iguaria já custa até mais cara do que alguns cortes suínos mais nobres.
Mas voltando à carne de boi, a arroba do boi gordo atingiu, este ano, R$ 300, no Espírito Santo, mas em alguns Estados, já custa até R$ 315.
Os cortes mais baratos de carne bovina hoje, em Barra de São Francisco, são o acém e o músculo, que custam em torno de R$ 35. (Da Redação)