O empresário Reinaldo Fonseca, dono do Supermercado Fonseca, na Vila Landinha, informou agora há pouco que o piloto Allan Duarte, que pilotava um avião monomotor que caiu em Belo Horizonte, na manhã da última segunda-feira, 21, será sepultado às 17h de hoje, 23, no Cemitério Belo Vale, na capital mineira.
Allan morreu na tarde desta terça-feira, 22. Ele estava internado no Hospital João 23, na região Central de Belo Horizonte após o acidente, com ao menos 90% do corpo queimado.
Confira a música que Allan enviou para outro piloto, seu amigo, há pouco tempo:
“Meu amigo Allan Duarte foi morar com Deus”, resumiu Reinaldo sobre a morte do piloto que foi seu inquilino na Vila Landinha durante o período em que trabalhou para o Gruo Maurício Toledo.
Logo após o acidente foram confirmadas as mortes de três pessoas. Segundo as equipes de resgate, são elas: um passageiro do avião, um pedestre e o ocupante de um carro atingido pelo monomotor. Duarte é a quarta vítima.
Outras duas pessoas ficaram feridas e também foram encaminhadas para a mesma unidade de saúde em que Allan morreu. As causas do acidente ainda são investigadas.
De acordo com familiares, o piloto seria amigo do dono do avião e viajava a pedido dele. A aeronave consta como de propriedade da Helicon Táxi Aéreo, empresa com sede na cidade de Colombo, no Paraná. No entanto, a operação estava em nome de Srrael Campras dos Santos, morador de Sarzedo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que adquiriu a aeronave há três meses, em dia 3 de julho. Srrael permanece internado no Hospital João XXIII.
Deusedete Duarte da Silva, pai de Allan Duarte, contou que o filho é piloto há 10 anos. Segundo a família, o jovem mora em Nova Serrana, a 183 km de Belo Horizonte, e estava na capital mineira a trabalho.
“Ainda não temos muitas informações, mas o meu filho está no bloco cirúrgico, respirando por meio de aparelhos”, disse Deusedete.
A aeronave é do modelo SR20, da fabricante Cirrus Design e foi feita em 2007. O veículo tem capacidade de transportar quatro pessoas. O avião é equipado com um sistema de paraquedas, que é acionado quando o piloto puxa uma alavanca vermelha na cabine. Ainda não se sabe se o equipamento foi acionado no acidente. Contudo, o paraquedas foi encontrado aberto próximo ao local.
De acordo com informações da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave não tem autorização para realização de táxi aéreo. Todavia, não é possível afirmar que o avião operava nesta categoria na hora da queda.
O comandante Eduardo Barbatti, do helicóptero da Record TV Minas, explica que é possível que o piloto estivesse transportando passageiros, sem ser no modo de táxi aéreo.
“Não tem problema quanto a isso. O que ele não poderia estar é fazendo fretamento.”
A queda
O monomotor decolou de um aeroporto para aviões de pequeno porte e helicópteros do bairro Carlos Prates, a cerca de 2 km do local do acidente, e seguia para Ilhéus (BA). Ainda não se sabe quem estava a bordo, além do piloto.
Moradores contaram à reportagem que ouviram um estrondo, por volta das 8h da manhã. Uma grande nuvem de fumaça negra se formou sobre o local. (Weber Andrade com informações do portal R7 e G1 Minas)