O Parque Natural Municipal Sombra da Tarde (PNMST), foi inaugurado em 17 de fevereiro de 2000. Desde então, a situação da infraestrutura construída no local estava acabando aos poucos. Só a partir da gestão anterior, do prefeito Alencar Marim, algumas reformas foram feitas na sede, que passou a abrigar o Departamento de Polícia Ambiental da 3ª Companhia do Batalhão de Polícia Militar ambiental (BPMA).
Mesmo assim, a principal entrada de pedestres do parque, a ponte que interliga o local à ES-080/381, estava abandonada e fechada por questões de segurança. Parte da ponte foi levada pela enchente de 2013/14 e o que já estava deteriorando, quase acabou.
Mas, hoje, 25, a secretária de Meio Ambiente, Lislei Batista, informou ao tribunanorteleste.com.br, que a ponte vai começar a ser reformada ainda esta semana e será de novo aberta para a passagem de pedestres.
“A ponte é importante para o acesso ao parque e também servirá de ‘atalho’ para os moradores e visitantes do bairro Santa Izabel”, destacou Lislei.
Por sugestão do comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), tenente-coronel Cosme Carlos, o local poderá abrigar também uma pista de caminha, interligando com a pista já existente na marginal da rodovia.
“Acho que é importante trazer mais pessoas para dentro do parque, um lugar bonito como esse, precisa de gente visitando, quanto mais gente, mais fácil fica a conservação da unidade”, salientou o militar ao recomendar a criação da pista de caminhada.
Com uma área de 158.333 m², o parque, que conta com uma variedade de mais de 100 espécies de animais e trilhas, o parque deve retornar às atividades de educação ambiental assim que for seguro, diante da pandemia da Covid-19.
No parque os visitantes, inclusive milhares de estudantes de Barra de São Francisco e região, entram em contato direto com a natureza e podem encontrar animais silvestres e domésticos, além da biodiversidade da fauna e flora existentes e também participar de um passeio educativo pelas trilhas.
Parque tem sido objeto de estudos
A flora e a fauna do Parque Natural Municipal Sombra da Tarde já foi catalogada e classificada por técnicos antes da sua criação, mas, no decorrer dos seus 20 anos de existência foram várias pesquisas.
Uma delas, feita por três estudantes do 5º período do curso de Ciências Biológicas da FAESA: Simone Potratz, Lhoraynne Gomes e Rosely Grund.
No projeto de pesquisa, orientado pelo professor Marcelo Simonelli, as futuras biólogas foram a campo para coletar todo o material botânico. O objetivo era elaborar uma lista contendo o nome das espécies identificadas e citar quais espécies são úteis, ameaçadas de extinção ou endêmicas.
Lhoraynne, que mora em Barra de São Francisco e conhece bem o Parque, contou na época que o projeto surgiu a partir de uma atividade de sala de aula. “Para mim é fundamental participar de tudo isso, pois será uma grande experiência de campo. Além disso, vamos ajudar a comunidade que não tem conhecimento das espécies que existem no parque”.
Já Simone destacou que quer seguir na área de botânica. “O nosso grupo já atuava em campo, voluntariamente, com o professor Marcelo e isso nos faz adquirir cada vez mais conhecimentos e network também, o que facilitará a inserção no mercado de trabalho”.
Para Rosely, além da experiência de campo, participar do projeto vai ajudar a definir a área de atuação que deseja seguir. “Essa experiência será 100% válida e vai aumentar os meus conhecimentos. Biólogo é isso, é ir a campo”. (Weber Andrade)