A busca pela glória eterna tem seu capítulo final na tarde deste sábado, 30, quando dois times paulistas, Palmeiras, que tem como mascote o Porco, e Santos, também conhecido como Peixe, entram no gramado do Maracanã, a partir das 17h (de Brasília), para decidir quem será o campeão da Copa Libertadores.
A finalíssima já teria um peso gigantesco por si só, mas ganhou o “plus” de ser protagonizada por dois clubes do mesmo Estado, ainda mais no estádio mais histórico do Brasil, em jogo único.
E uma decisão completamente diferente de qualquer outra já vista na história da Libertadores. Uma final sem abraço, sem aglomerações, sem a presença do público, a parte que fez o futebol ser um esporte tão amado no Brasil e no mundo. Tudo isso, claro, por causa da pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 200 mil brasileiros e muitos mais ao redor do planeta.
O combo de tensão, expectativa e obsessão pelo maior troféu das Américas faz a rivalidade centenária entre Peixe e Verdão chegar ao ápice.
O Palmeiras busca conquistar sua segunda Libertadores na história, guiado pelo técnico Abel Ferreira, Weverton, Gustavo Gómez, Rony e companhia. A última vez que conquistou a América foi em 1999, quando comandado por Felipão, Marcos, Paulo Nunes e Alex.
O Santos, por sua vez, pode se tornar o clube brasileiro com mais títulos da Libertadores se passar pelo Palmeiras. O Peixe sagrou-se campeão nos anos de 1962 e 1963, liderado por um esquadrão com Pelé, Pepe e companhia, e em 2011, quando a geração de Neymar e Paulo Henrique Ganso fez história.
É, realmente, uma final de outro mundo, como a Conmebol tem chamado.
O campeão garante passagem de ida ao Catar, país que sedia o Mundial de Clubes nesta temporada. No caminho de Santos ou Palmeiras na semifinal está Tigres, do México, ou Ulsan, da Coreia do Sul.
Palmeiras
Abel Ferreira possui praticamente força máxima para escalar o Palmeiras para a decisão deste sábado. Depois de lesão muscular contra o River Plate, o capitão Gustavo Gómez está de volta e inclusive chega ao Maracanã com 90 minutos jogados contra o Ceará.
O treinador ainda conta novamente com Rony. Desfalque por conta da condição física diante de Flamengo, Ceará e Vasco, o atacante trabalhou normalmente nos dois treinos no Rio de Janeiro e deve voltar ao time na competição em que tem brilhado.
Quem está fora: Luan Silva (cirurgia no joelho esquerdo) e Wesley (cirurgia no joelho esquerdo)
Técnico: Abel Ferreira
Santos
Cuca terá o que tem de melhor à disposição para a grande decisão contra o Palmeiras. O time conta com o retorno de Alison, recuperado de Covid-19, e deve ser escalado com o quarteto ofensivo, formado por Lucas Braga, Kaio Jorge, Marinho e Soteldo.
O jogo marca a despedida de Lucas Veríssimo, já negociado com o Benfica. Diego Pituca, negociado com o Kashima Antlers, também dá adeus caso o Peixe não seja campeão. Se o tetra for conquistado, o volante fica à disposição no Mundial de Clubes.
Quem está fora: Jobson, Carlos Sánchez e Raniel (departamento médico)
Técnico: Cuca
Arbitragem
Árbitro: Patricio Loustau (Argentina);
Árbitros assistentes: Ezequiel Brailovsky e Diego Bonfa (ambos da Argentina);
VAR: Mauro Vigliano (Argentina).
(Weber Andrade com ge)