Apesar de nenhum caso de sarampo ter sido registrado no Espírito Santo recentemente, um surto da doença em São Paulo gerou um alerta para a população. Principalmente por causa da proximidade entre os estados, a procura pela vacina aumentou em alguns municípios capixabas. A vacina pode ser encontrada na rede pública de saúde e é gratuita.
O sarampo já estava erradicado no país, mas, desde o ano passado, casos voltaram a aparecer em algumas regiões. O surto aconteceu principalmente nos estados de Amazonas e Roraima. Agora, São Paulo também já registrou mais de 600 casos.
No Espírito Santo, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou que até o último dia 19 foram notificados 41 casos suspeitos de sarampo, sendo que 40 foram descartados e um está em análise.
De acordo com a Sesa, em outubro será feita uma ação de multivacinação para atualizar a caderneta de vacinação de menores de 15 anos com todas as vacinas do calendário nacional de vacinação.
Doença e vacina – O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte. Os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas na pele do rosto e tosse persistente. A única forma de prevenção da doença é através da vacinação.
“É uma das doenças mais contagiosas que existem. Uma pessoa com sarampo pode contaminar até 12 pessoas, até mais que isso. É uma doença que pode causar pneumonia, pode levar a inflamação do cérebro, a encefalite, e pode matar”, disse o infectologista Lauro Pinto.
A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é oferecida gratuitamente durante todo ano nas Unidades de Saúde dos 78 municípios, que contam com pessoas referenciadas para identificar possíveis contaminações e bloquear a doença.
“O que ocorre é que tem muita gente que tomou uma dose só. O ideal que tenham tomado as vacinas de sarampo, caxumba e rubéola, que é a tríplice viral, uma vacina que está disponível do Sus, na rede pública de graça para a população”, explicou o infectologista.
De acordo com Carine, como o Espírito Santo ainda não apresentou nenhum caso, os órgãos mantêm o procedimento de rotina e não alteraram o público alvo. “Como aqui no Estado a gente não tem nenhum caso positivo, a nossa conduta continua de rotina”, disse Carine. (Secom/ES)