
A convocação de uma reunião do Colégio de Líderes por parte do presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), Marcelo Santos (Podemos), para discutir os trajes utilizados pelos deputados no plenário provocou indignação e protesto do deputado estadual Sérgio Meneguelli (Republicanos).
Marcelo Santos fez a convocação da reunião logo no início da sessão plenária desta terça-feira (9) e afirmou que vai “fazer valer a lei e a ordem”. Ele disse que o Colégio de Líderes vai se reunir para tratar dos trajes que dão acesso ao plenário e defendeu que sejam mantidas as mesmas exigências previstas no Congresso Nacional e em outros Legislativos quanto ao uso de terno e gravata.
O presidente citou como exemplo as Câmaras de Colatina e de Aracruz, onde Meneguelli e o deputado Alcântaro Filho (Republicanos) já atuaram como vereadores, respectivamente. Ambos têm utilizado camisetas em plenário, sem gravatas. Alcântaro costuma usar blazer por cima de camisa temática, enquanto o ex-prefeito de Colatina tem como marca registrada as camisetas brancas com os escritos “Eu amo Colatina” ou “Eu amo o Espírito Santo igual Colatina”.
Logo depois, Meneguelli subiu à tribuna para protestar contra a fala do presidente da Casa. O deputado chegou a afirmar que ele e Alcântaro foram “esculhambados” por Marcelo Santos com a convocação da reunião do Colégio de Líderes para tratar sobre os trajes na Assembleia.
Meneguelli sustenta, porém, que a obrigação não está prevista no Regimento Interno. “Não estou descumprindo a lei. Me apresente o artigo que obriga”, disparou, emendando: “Se fizer um projeto de lei obrigando a usar terno e gravata, eu vou cumprir. Mas se não, vão ter que me barrar em plenário”. Na mesma pegada, questionou: “Tem deputado que usa roupa de polícia, chapéu, e ninguém fala nada!”. Este ponto, de fato, Marcelo Santos não explicou até agora.
Capitão Assunção (PL) nunca usou outra roupa em plenário, a não ser sua farda de policial militar. Começou a legislatura passada assim e nunca mais parou, avançando para a atual com o mesmo uniforme. Já o chapéu foi instituído pelo recém-chegado, Pablo Muribeca (Patri), ex-vereador da Serra, que usa o acessório todos os dias.
Meneguelli, ele tem no máximo colocado um casaco por cima da sua tradicional blusa de malha com referências a Colatina. O mesmo tipo de blusa é usado por Alcântaro, mas com um blazer por cima.

No discurso desta terça, o ex-prefeito também disse que tudo bem quem gosta de se vestir tipo “almofadinha” e usar “Giorgio Armani e Hugo Boss”, mas ele é da “turma do All Star”. E reiterou: “é meu estilo, minha personalidade, a roupa não faz um político melhor, um parlamentar melhor, o que faz são as ações”.
O que deixou Meneguelli irritado foi justamente Marcelo levar o tema para o plenário, “um assunto tão banal”, apontou, lembrando que protocolou um documento sobre o assunto e aguarda resposta. Ele também reuniu assinaturas de mais da metade do plenário para projeto que acaba, de vez, com a obrigação. Para andar, depende de Marcelo Santos, que, como já está claro, não admite qualquer alteração.
SiteOcontestado/AGazeta/SeculoDiario
Esse tal de Marcelo tá cassando problemas e o pior que vai achar, pois não existe lei nenhuma que obrigue ninguém usar terno e gravata. Gostei mesmo foi de ver as cacetadas que o Sergio deu nele, pois matou milhoes de cobras com uma única paulada. Digo mais: Todo Estado Brasileiro deveria ter um deputado desse, pois é desse que o Brasil precisa.