Foi em 2011 que a servidora municipal Regiane Saar, lotada na Secretaria Municipal da Fazenda, descobriu que estava com câncer de mama. Vaidosa, ela que sempre gostou de andar bem vestida e maquiada, levou um choque enorme, mas, ao contar o problema para as amigas, arranjou a força que precisava para vencer a doença. “Na época a gente nem pensava no Outubro Rosa, minhas amigas não me deixavam por um momento sozinha e veio a ideia de fazer um ensaio fotográfico para alertas as mulheres sobre o problema”, descreve ela.
Hoje, oito anos depois do susto, Regiane é cercada pelas amigas e fazem um ensaio fotográfico para lembrar a necessidade de prevenção.
Este ano a campanha ganhou mais adeptos e, além do ensaio tradicional entre as amigas, praticamente toda a equipe da Secretaria Municipal da Fazenda aderiu. (Veja fotos no final da matéria).
O grupo de amigas publica os ensaios fotográficos nas redes sociais todos os anos para ajudar na conscientização das mulheres sobre a prevenção da doença. “Nosso intuito é mostrar que as pessoas podem conviver com a doença, continuar vivendo normalmente, com apoio da família e amigos”, comenta a colega dela, Silvani, também servidora municipal.
“Hoje a gente recebe enorme apoio da sociedade em geral, muitas pessoas ligam ou deixam mensagens de encorajamento e agradecimento”, conta Regiane, que tem total apoio do marido e dos filhos. Ela também fala com carinho de outra amiga, Sandra Almeida, que contraiu a doença e se curou graças ao apoio dos amigos e familiares. “Ela teve câncer de mama e depois no intestino, mas hoje, quem fala que ela teve estes problemas?”, diz Regiane.
Outra amiga que está na campanha com Regiane é a servidora da Câmara de Vereadores, Giselia Oliveira. “Eu comecei a participar por causa dela (Regiane), porque foi um choque muito grande quando descobrimos. Ela é mais que minha amiga, é quase irmã e decidimos que não a deixaríamos sozinha nem um minuto”, relata.
Para Giselia, foi um período difícil, uma vez que o tratamento da doença é muito agressivo. “Às vezes, amigos e familiares sofrem mais do que a pessoa que está doente, por ver a dor, a angústia que a pessoa está passando”, admite.
Giselia disse que já teve dois casos de câncer de mama na família mas nem isso está habituada a conviver com a doença, mas disse contar com o apoio do namorado e faz um alerta: “Não são apenas as mulheres que precisam se cuidar. Os homens também podem ter câncer de mama e deveriam ficar atentos porque a prevenção é muito mais suave do que o tratamento”, aconselha.
