Os africanos que estão ganhado dinheiro com a fama, não param de surpreender o mundo. Depois de um jogador famoso, Mané, revelar que gasta boa parte da sua fortuna ajudando as pessoas pobres da comunidade onde nasceu, agora é a vez do senegalês Akon revelar um megaprojeto, inspirado no filme Pantera Negra. Akon diz que a ‘Wakanda da vida real’ já está sendo construída no Senegal: “Começamos as obras”.
Cantor de origem africana falou ao site G1 sobre cidade futurista, que terá faculdades, ginásios, aeroporto e criptomoeda Akoin. “”Meta é construir um legado.”
Metade da entrevista de Akon ao G1, durante a vinda dele ao Brasil para show em um festival, foi sobre Anitta, o uso de Auto-Tune e seu hip hop dançante e romântico. A outra metade foi sobre tentar salvar o mundo. São dois os principais projetos do cantor de origem senegalesa: Akon Lighting Africa leva eletricidade para 15 países da África com 100 mil lâmpadas e energia solar em 480 comunidades, criando mais de 5 mil empregos; E a criação de uma “Wakanda real”, perto de Dacar, na capital do Senegal, em um terreno de quase 8 mil km² (cerca de seis vezes a cidade do Rio).
“Estou trabalhando nela agora. Tudo está sendo construído de acordo com um projeto já criado, começamos as obras agora. Ainda está nos estágios iniciais”, explica Akon, falando da cidade com nome inspirado no filme “Pantera Negra”. Segundo ele, a ideia é que a cidade futurista tenha faculdades, escolas, ginásios e aeroporto. O cantor quer ser o patrono da primeira cidade do mundo “100% gerida por meio de criptomoeda”.
A moeda vitural já tem nome: Akoin. O objetivo do cantor é fazer com o que a África consiga ter um lugar imune a crises. “A parte mais adiantada deste trabalho é a criação desta criptomoeda”, diz o cantor americano, de 46 anos. “Minha meta na vida é construir um legado. Eu quero usar o fato de eu ser uma celebridade, de ser famoso, para ajudar outras pessoas, principalmente em lugares onde faltam condições para se viver, como África, Índia e algumas partes da Ásia.”
O Brasil também está na mira de Akon, mas ele reclama da burocracia: “Eu me lembro bem de vir aqui e tentar melhorar a iluminação das favelas. Ainda estamos nas fases de negociação tentando botar em prática. Eu quero estar em lugares que precisem de ajuda, e encontrar soluções para dar essa ajuda.”
Akon tem uma fortuna estimada em U$ 80 milhões, mas é por meio de patrocínios e fundos de investimento (sobretudo chineses) que ele diz tocar seus projetos. Divide-se entre o lado empresário e o lado popstar. “É durante a noite que lido com a música, em estúdios, fazendo shows. Durante o dia é quando o resto acontece e participo de muitas reuniões. Então, é bem separado mesmo: o dia é para meus negócios, e a noite é para música.”
Mas será que o cantor faz ideia de quantas pessoas trabalham para ele? “Nossa, cara… Sei que são muitas. Eu não tenho certeza, mas cada cidade que eu vou e tenho algum projeto, tenho uma equipe que me encontra em aeroportos, hotéis.”
No fim, ele arrisca um número: “São pelo menos 200 pessoas trabalhando nos meus projetos, com certeza.” (G1 Pop & Arte)