O presidente Jair Bolsonaro foi destaque nas redes sociais recentemente, por sugerir que os brasileiros façam cocô dia sim, dia não, para ajudar a reduzir a poluição ambiental no país. O assunto tornou-se tema de debates e discussões acaloradas entre simpatizantes do atual mandatário da República e os que não gostam dele.
Mas o assunto é mais sério do que se pensa. Você sabia que, em média, uma pessoa passa seis meses de sua vida fazendo cocô? São 145 kg por ano ou o peso de um urso panda adulto.
Mas uns são mais eficientes do que outros nesta tarefa, diz uma reportagem da BBC de Londres. De acordo com a rede de comunicação, “tudo depende se você faz o número 2 sentado ou agachado”.
“Muitas pessoas sentem dificuldade para fazer cocô. Ao nos sentarmos na privada, nosso canal anal fica em um ângulo de 90 graus”, explica a matéria.
Isso faz com que o músculo do assoalho pélvico acabe “estrangulando” nosso cólon, ocasionando hemorroidas, desmaios e até derrames.
Mas por que, então, continuamos a nos sentar na privada? Acredita-se que as primeiras privadas tenham surgido há 6 mil anos.
No início do século 4, Roma tinha 144 banheiros públicos, e frequentar esses locais era um evento social. A privada romana se tornou um símbolo da civilização europeia.

“Mas se você tiver um desses tronos de porcelana, uma dica: eleve seus joelhos a um ângulo de 35 graus. Além de favorecer a saúde, você ainda pode ganhar alguns segundos. Quem faz cocô agachado leva, em média, 51 segundos para completar a tarefa, contra 114 a 130 segundos de quem se senta na privada”, concluiu a BBC.
Outra dica, da nossa reportagem, é procurar um vaso de porcelana daqueles antigos, que hoje no Brasil, quase que são encontrados apenas nas celas dos presídios, onde são usados para evitar o risco de os presos quebrarem a porcelana e a usarem como arma.
Chamado de “boi” nos presídios e de vaso sanitário ao estilo turco, esse tipo de latrina é o mais adequado para o ser humano, pois permite que se faça cocô com a inclinação corporal correta. Em Portugal muitos supermercados e outros estabelecimentos públicos ainda fazem uso deste tipo de vaso, e com um pouco de sorte, é possível encontra-los em lojas de material de construção aqui no Brasil. (Weber Andrade com G1 Ciência e Saúde e BBC)