O jogo está de volta para sua reta final. “Game of Thrones” volta para sua oitava e última temporada no domingo, 14, e o confronto final entre as diferentes casas que lutam pelo poder e os zumbis de gelo vindos do Norte promete aumentar ainda mais uma já gigantesca contagem de corpos.
A série, que é assistida por milhões de pessoas no mundo inteiro, virou febre no Brasil, no ano passado. Em Barra de São Francisco, até o aposentado Cícero Heitor Pontes Pereira, 83 anos, que adora assistir programas de pescaria e aventuras reais, rendeu-se ao seriado exibido na Net Flix, ano passado. Junto com o filho Márcio Fabiano, ele acompanhou toda a saga e aguarda ansioso a retomada.
De acordo com estatísticas feitas por jornais norte-americanos e emissora de TV HBO, que também exibe a série, já são 2.995 mortes em 67 episódios ao longo de sete temporadas. Se nas primeiras a série ficou famosa por não ter dó de executar alguns de seus principais personagens (alguém aí ainda consegue ouvir o som da cabeça de Ned Stark caindo ao chão?), com o tempo mostrou que sua crueldade poderia se traduzir em total de mortes.
Os grandes perdedores da primeira temporada foram os Stark. Tanto que o protagonista da série até o nono episódio, Eddard “Ned” Stark perdeu a cabeça (literalmente) na primeira grande prova de que ninguém estava seguro. Junto dele, alguns soldados e serviçais da grande casa do Norte também perderam as vidas.
No segundo ano, a série reforçou a presença dos dois irmãos do rei morto, Stannis e Renly Baratheon. Com a luta entre os dois e contra os Lannister pelo poder na Guerra dos Cinco Reis, a contagem de corpos para as duas casas obviamente cresceu consideravelmente.
Os Stark conseguiam uma boa reação contra seus inimigos e o jogo parecia estar virando até o Casamento Vermelho, novo episódio de traição e sangue que deixou muito fã revoltado. Em uma só tacada morreram o novo herói, Robb, sua mulher e seu filho ainda não nascido, e sua mãe, Catelyn (e quase toda a esperança).
Enquanto a guerra em Westeros acalmava após a morte dos Starks, o bicho pegou no Norte, com o grande confronto entre selvagens/povos livres (dependendo de qual lado você está) e a Patrulha da Noite. Entre tantas mortes importantes o público pelo menos teve uma alegria com o fim do cruel rei Joffrey, envenenado por um torta na frente de todos.
Em sua sétima e mais recente temporada a série perdeu completamente os escrúpulos e matou quase metade do número de criaturas que seu total somado. O maior golpe foi sofrido pelos Caminhantes Brancos na batalha contra Jon Snow e os dragões de Daenerys Targaryen, os novos queridinhos de Westeros.
E se as mortes de Viserion e de Olenna Tyrell foram golpes pesados aos corações dos fãs, a execução de Petyr “Mindinho” Baelish nas mãos de Arya pelo menos serviu de consolo a este povo tão sofrido.
Os números não mentem, mas podem ser enganosos. É fácil achar que os corações gelados estão tomando uma lavada na disputa (pelo que, exatamente? Ninguém sabe direito o objetivo dele, mas tudo bem), mas é importante o contexto.
Cada baixa entre seus adversários são uma adição em potencial para seus números, já que os mortos tendem a não permanecer mortos quando os Caminhantes Brancos estão envolvidos.
E os Lannister também sofreram bastante nas últimas temporadas, mas ao final da sétima Cersei planejava deixar seus inimigos se lascarem nas mãos dos zumbis enquanto contratava um exército de mercenários para limpar o que sobrar.
Do outro lado do espectro, seria possível concluir que os dragões estão bem, considerando que perderam apenas um membro. No entanto, qualquer um que acompanha a série com atenção vai lembrar que, bem, um dragão é um terço de todos os exemplares da espécie vivos no mundo. Pra piorar, ele ainda retornou como um dragão de gelo, lutando pelo outro lado, o que deve dificultar bastante a vida de seus irmãos restantes. (Weber Andrade com G1 e agências internacionais)