O caso de vários francisquenses e capixabas que entraram nos Estados Unidos pela “porta dos fundos” e muitos que entraram legalmente, podem estar contabilizados entre os mais de 18 mil brasileiros que foram detidos entre outubro de 2018 e setembro de 2019 nos Estados Unidos por entrar irregularmente no país, informou ao site G1 a autoridade norte-americana de Alfândega e Proteção de Fronteira (CBP, na sigla em inglês).
Muitos entram no país com visto, mas acabam ficando após o período permitido, tornando-se ilegais. É o caso do empresário Moisés Antônio Martins, que se envolveu em um escândalo financeiro em Barra de São Francisco, onde é dono das empresas contratadas pelo ex-prefeito Luciano Pereira para fazer serviços de terraplanagem e outros com recursos do município. Ele está morando nos Estados Unidos há cerca de três meses.

(Saiba mais no link https://ocontestado.com/empresario-que-foi-condenado-junto-com-luciano-pereira-esta-morando-nos-eua/)
Os dados consolidados das prisões não foram publicados, e não há informação como os Estados de origem desses brasileiros ou do local onde eles foram detidos nos EUA.
Em entrevista coletiva concedida na terça-feira, 10, o subsecretário em exercício de Segurança Nacional Ken Kuccinelli afirmou que o país “tem visto mais brasileiros aparecerem na fronteira sul” e que “há uma intensidade maior pelo lado americano para achar soluções” para conter a imigração irregular de brasileiros.
Segundo o subsecretário, o Brasil coopera com as autoridades norte-americanas, mas de maneira não suficiente.
“Não é suficiente dados os padrões de imigração agora, o Brasil tem uma contribuição que aumentou de escala para isso e precisamos mais deles para ajudar a resolver o problema e essa é uma discussão que estamos mantendo agora”, afirmou.
Reportagem da emissora norte-americana CNN publicou que as mais de 18 mil prisões no período representam o maior número de detenções de brasileiros em 11 anos. No ano fiscal anterior — de outubro de 2017 a setembro de 2018 — teria havido apenas cerca de 1,6 mil prisões.
Segundo dados da CBP, guardas de fronteira detiveram 859.501 pessoas no ano fiscal de 2019. O número corresponde a mais do que o dobro dos 404.142 imigrantes detidos no mesmo período no ano anterior.
A patrulha de fronteira também apreendeu 76.020 menores desacompanhados somente entre outubro de 2018 e setembro de 2019.
Normalmente, por determinação das autoridades norte-americanas, os imigrantes apreendidos ficam no máximo três dias nos centros de detenção próximos à fronteira. Entretanto, em novembro, reportagem do “Washington Post” mostrou que um grupo de mais de 50 brasileiros ficaram detidos por um período superior ao estipulado pela CBP. À época, o Itamaraty afirmou ao G1 que um grupo de 51 brasileiros detidos nos EUA retornaram ao Brasil. (Weber Andrade com G1 Mundo)