O suspeito, apontado como o motorista dos executores, foi preso no mesmo dia, durante a tarde de quinta-feira (2), após uma perseguição policial em Águia Branca. Os dois homens apontados como executores conseguiram fugir.
A decisão pela prisão preventiva de Matheus da Silva Santos veio na audiência de custódia realizada neste sábado (4).
“Ao tomar ciência do homicídio ocorrido num lava jato, policiais se deslocaram até o local dos fatos e, após investigações preliminares, identificaram um veículo suspeito, que segundo informações, teria sido utilizado pelos autores do crime. Ato contínuo, verificou-se que o veículo seguia sentido a Águia Branca e Barra de São Francisco. Foi montado um cerco policial e, em determinado momento, o veículo foi avistado. Após tentativa de abordagem, os suspeitos empreenderam fuga com o carro, efetuando disparos de arma de fogo contra a guarnição militar. Encurralados pelos policiais, os suspeitos despencaram de um barranco de 7 metros e possivelmente ficaram feridos”, narra o Termo de Audiência de custódia ao qual a Rede Notícia teve acesso.

Matheus da Silva Santos foi encontrado e preso. Os demais envolvidos conseguiram fugir.
O suspeito preso confessou participação na ação criminosa, e disse ter recebi R$ 1 mil para dirigir para os executores do crime, identificados apenas pelos prenomes Kaik e Borel. Segundo o suspeito preso, o homicídio de Ian Rodrigues, de 29 anos foi praticado à mando de um traficante de São Gabriel da Palha.
Na decisão que manteve Matheus da Silva Santos preso, o juiz Ewerton Nicoli, argumenta que “trata-se de crime grave, cometido contra a vida, praticado à luz do dia, mediante planejamento, e que, segundo relatos do próprio agente durante a abordagem, está relacionado ao tráfico de drogas, com envolvimento de indivíduos que estavam custodiados em unidades prisionais até de fora do estado do Espírito Santo, que se comunicavam por meio de telefone celular”.
“Ademais, verifica-se que os agentes, após serem identificados pelas autoridades policiais, empreenderam fuga e dispararam tiros de arma de fogo contra a viatura, atendando contra vida e integridade física dos policiais. Desta feita, considerando os relatos do autuado confessando ter participado do crime mediante pagamento, além de informar quem seriam os agentes envolvidos no crime e como praticaram o ato, observa-se que a decretação da prisão é medida que se impõe para coibir a reiteração delitiva, zelar pela ordem pública e garantir a instrução processual”, assinala o magistrado no despacho.
Relembre o crime
Um homem de 29 anos, identificado como Ian Rodrigues, foi assassinado a tiros dentro do local onde funcionava um lava-jato do qual ele era sócio, na manhã desta quinta-feira (2), no bairro Boa Vista, em São Gabriel da Palha.
Segundo a Polícia Militar, no local, um homem relatou que dois suspeitos invadiram o lavador e efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra seu sócio, que morreu no local.
Um dos criminosos estava com óculos de sol e camisa escura e um era mais magro e outro era mais forte, não sabendo dizer quem poderia ser os autores do crime.
A testemunha contou aos policiais, que enquanto os atiradores executavam seu sócio, ele se escondeu dentro de seu carro e possivelmente não foi visto por eles.
Os atiradores fugiram a pé pela rua Independência. Em seguida, entraram em um carro que os dava cobertura, e tomaram destino ignorado.
Consta no boletim de ocorrência, que um perito da Polícia Científica esteve no local e constatou diversas perfurações de projéteis de arma de fogo, por várias partes do corpo e havia no local, cápsulas, de dois tipos de munição.
Redenoticia