O Pleno do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) decidiu nesta quinta-feira, 14, pelo afastamento de três juízes do estado, por abertura de Procedimento Administrativo (PAD). Um deles é o juiz Edmilson Rosindo Filho, titular do Juizado Especial Cível, Criminal e da Fazenda Pública de Barra de São Francisco. Os outros dois atuam nas comarcas de Vitória e Serra.

Rosindo, que já poderia ter se aposentado há dois anos, também é diretor da Justiça Eleitoral na comarca e vinha cultivando inimigos poderosos na cidade, por suas atuações, consideradas por muitos como parciais e até venais. Há pouco mais de dois anos ele disse na Câmara de Vereadores de Barra de São Francisco, durante a posse dos eleitos, que poderia ter se aposentado, mas decidiu ficar mais um tempo para mostra que não tinha medo dos que o criticam.
O recado, provavelmente se dirigia ao deputado estadual Enivaldo dos Anjos e ao presidente da 5ª Subseção da OAB, advogado Raony Scheffer. Tanto Raony quanto Enivaldo vinham denunciando o juiz pelas suas atuações consideradas parciais.
O site Voz da Barra tentou contato com o magistrado, agora pela manhã, mas não conseguimos localiza-lo.
Caso as irregularidades – que deverão ser reveladas em relatório a ser divulgado pelo TJES – sejam comprovadas, as punições podem variar de advertência, censura ao juiz, remoção compulsória, e por último, aposentadoria compulsória.
Transferência – O juiz Edmilson Rosindo Filho, segundo relatos obtidos pelo site Voz da Barra, já teria sido “removido” de uma comarca no sul do Estado, há cerca de 15 anos, por irregularidades cometidas. Foi quando ele veio parar em Barra de São Francisco. (Weber Andrade com informações de A Tribuna)