A procura por palmito in natura está alta nesta quarta-feira, 8, na feira livre da Rua Mineira. Parte essencial da famosa Torta Capixaba, o produto não sofreu grandes alterações no preço em relação ao ano passado, quando estava sendo vendido entre R$ 10 e R$ 50 a cabeça, dependendo do tamanho e da variedade.
Em algumas barracas hoje podia-se encontrar o palmito já limpo e pronto para consumo, a R$ 10 o pacote com aproximadamente um quilo.
As variedades palha branca (amargo) e brejaúba (doce) são encontradas em várias barracas. O palmito doce custa de R$ 10 a R$ 20 a cabeça, enquanto o palha branca, por dar cabeças maiores, e ser mais consumido na torta, estava custando entre R$ 12 e R$ 30.
Para um vendedor tradicional de palmito na feira livre, que trabalha aos sábados, a Semana Santa não costuma alterar muito as vendas de palmito. “O povo está perdendo a tradição, hoje fazem torta com palmito enlatado, mas tem aquelas pessoas mais tradicionais, só que essas geralmente compram palmito várias vezes por ano”, afirma ele, que mora na região do córrego Itauninhas.

O palmito é ingrediente básico da tradicional Torta Capixaba, mas o prato, antes mesmo de divulgado como típico da culinária do Espírito Santo, era muito consumido também no interior de Minas Gerais, principalmente na divisa com o Espírito Santo.
Nesse caso, a torta leva, além do bacalhau – em orçamentos mais modestos, vale até outro tipo de peixe salgado, como a polaca do alasca, a merluza e o saith – e do palmito, apenas ovos, cheiro verde, azeite, azeitona, alho, cebola e sal. (Weber Andrade)
