A história da professora Neidimar Camilo de Oliveira com uma aluna adolescente, já relatada aqui nos sites vozdabarra.com.br e ocontestado.com, teve mais um capítulo na manhã deste sábado, 21, desta vez em Barra de São Francisco. Neidimar e a aluna Taisla Cristina, ambas de Nova Belém, estiveram participando de uma ação de conscientização no semáforo da avenida Prefeito Manoel Vilá, em frente à prefeitura, para demonstrar a necessidade de inclusão das pessoas com deficiência auditiva e da fala (surdas-mudas), acompanhadas de várias pessoas que têm o problema e de outras alunas de uma faculdade.
A mobilização foi promovida pela professora do curso de Libras da Uniube, Andressa.
“Descobri que a Uniube tinha esse curso (de Libras) e decidi fazer, junto com a Taisla, para acelerar o nosso aprendizado”, conta Neidimar, que estava estudando a língua de sinais junto com a aluna, em sua casa.
“Ela está aprendendo, por isso, busquei um curso para ajudar mais no aprendizado dela, tenho ajudado e ela tem aprendido, mas precisamos desse curso”, deseja a professora.
Libras é a sigla de Língua Brasileira de Sinais, um conjunto de formas gestuais utilizado por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes.
Ela tem sua origem baseada na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro com o propósito de realizar a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva.

Como acontece a comunicação por LIBRAS?
Cada país tem a sua própria estrutura de linguagem, que pode variar inclusive de região para região, dependendo da cultura do local e das expressões e regionalismos utilizados na linguagem comum.
Por isso, a Língua Brasileira de Sinais não funciona com a simples gestualização da língua portuguesa através do alfabeto. A comunicação ocorre por diferentes níveis linguísticos, através da interpretação e das relações entre os elementos que compõem uma frase.
Assim, sua principal diferença em relação à comunicação das pessoas ouvintes está no modo de articulação da linguagem, que acontece de forma visual-espacial e não através da emissão de sons.
Para se comunicar utilizando a Língua Brasileira de Sinais, além de conhecer os sinais, é preciso também conhecer as estruturas gramaticais para combinar as frases e estabelecer a comunicação de forma correta e eficaz. (Weber Andrade)