A diplomacia econômica é um tema que tem suscitado muita atenção política nos
últimos tempos, representa interesse crescente pelos mais variados governos, ganhando
cada vez mais espaço no mundo diplomático. A diplomacia, no seu conceito comum,
consiste na condução das relações entre os Estados Nacionais soberanos e outras
organizações governamentais e não governamentais, feita por representantes oficiais e
através de meios pacíficos.
Quais são os objetivos da diplomacia econômica? Como se exerce? É uma tarefa
exclusiva do Estado através das Embaixadas. Este é um conceito antigo, tendo sua
origem no sistema diplomático italiano de cidades-Estado do renascimento,
generalizado a partir do século XVII para toda Europa, tornando-se no conceito mundial
em meados do século XIX. No conceito tradicional, a atividade diplomática concentra-
se mais nas questões políticas, deixando de lado ou para segundo plano as questões
econômicas e/ou comerciais. Com o surgimento de novos agentes na questão econômica
mundial, como os chamados Estados emergentes e corporações multinacionais, a
internacionalização de mercados como resultado das modificações econômicas
ocorridas em décadas, obrigou os Estados a empreenderem novas estratégias
diplomáticas ligadas as atividades econômicas e comerciais (diplomacia econômica).
Os aspectos importantes do trabalho de um diplomata comercial são o fornecimento de
informações sobre oportunidades de exportação, investimento, onde, em alguns casos,
os diplomatas comerciais promovem laços econômicos por meio de assessoria e apoio a
empresas nacionais e estrangeiras para decisões de investimento. Neste sentido, não
seria errado afirmar que a diplomacia econômica deva exercer o papel deva veículo de
um Estado para atingir os seus objetivos econômicos, tem como fim a promoção da
imagem de Estado nas mais diversas áreas econômicas, como a promoção do seu pais,
território preferencial de intenções de investimento no quadro de uma economia
internacional, a cultivação e aprofundamento das relações com os principais agentes
econômicos estrangeiros que tenham ou possam vir a ter relações o Estado e o apoio a
internacionalização das empresas Nacionais. Podemos afirmar que a diplomacia
econômica é, sem dúvida, uma ferramenta importante para desenvolvimento econômico
de um país, atraindo investimento, exportando e internacionalizando o produto nacional.
É necessário que os agentes políticos tenham uma “mente aberta”, sobretudo na hora de
elaborar Plano Estratégico para sairmos da crise seja crescimento para fora seja
crescimento para dentro.
A vitória de Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 para Presidente da República do Brasil
e os seus discursos de que seu governo vai acabar com viés ideológico nas relações
econômicas do Brasil com resto de mundo. Significa não realizar trocas comerciais com
a Republica popular da China, significa desprezar relações comerciais com países
árabes e o chamado mundo Islâmico que pode chegar a 57 países cuja a cifra de
comercio só no ano 2017 chegou a 14 bilhões de dólares, significa não conquistar novos
mercados de países que não seguem as linhas ideológica de da extrema direita. Caso o
governo adote esse víeis defendido na campanha eleitoral o país aprofundara ainda mais
a crise. Isso seria desastre ou ele não tem informação sobre o peso das transações
econômica do Brasil /China e Brasil / países Árabes (médio Oriente e norte de África ).
Com a China (tanto na exportação como Importação) desde 2009 as transações entre os
dois países (Brasil e China) tem superado os EUA. Nos últimos anos a China representa
principal parceiro do Brasil para exportação com mais de 50 bilhões de dólares e Brasil
importando da China aproximadamente 30 bilhões de dólares. Se essa proposta vier a
acontecer teremos consequências drástica economicamente e justamente as regiões
(SUL, SUDESTE) do país que mais deu voto ao Presidente Bolsonaro, e seu partido
(PSL) serão mais prejudicadas sobretudo setor agroindustrial. Por Amor a Deus não
reconheça Jerusalém como a capital de Israel, nem instale escritório de negócio nessa
cidade, precisamos respeitar as decisões das ONU, toda essa ação vai significar a nova
diplomacia do Brasil para o mundo, essa seria decisão ruim para economia, uma vez que
estaria entrando em um tema que ferem a dignidade dos Países Árabes em geral. A
diplomacia econômica deve estar sintonizado com os objetivos macroeconômicos do
país.
O país precisa adotar estratégia que contribua para crescimento econômico, para gerar
empregos para os milhões de desalentados e desempregados e o comercio exterior é
uma das alternativas. As ações diplomáticas do país não podem estar fora da realidade
político, econômico e social do país. Quem perde e quem ganha com esse discurso? O
Brasil perde. Não se pode dar o luxo de não transacionar com a China e com os países
árabes quando se tem mais de 12 milhões de desempregados. Acredito, que o Presidente
da República ainda está com ideias e espirito de campanha eleitoral, assim que tiver
acesso aos números com certeza essas bravatas serão esquecidas. Nada melhor que Um
dia após o outro.
Acurcio Castelo David – Doutor em Inovação em Saúde, e Professor Adjunto no
Curso de Administração Geral, na Universidade Federal de Alagoas, campus Arapiraca.
Contato: [email protected]