A expectativa de precipitação pluviométrica em Barra de São Francisco continua abaixo das expectativas geradas pela meteorologia. De acordo com o gerente da Cesan local, João Pires da Fonseca, nos dois últimos dias – terça, 21 e ontem, 22 – caíram apenas 70 milímetros de chuva no perímetro urbano do município.
A previsão dos sites especializados, como o Climatempo, era de mais de 100 mm apenas nesses dois dias, com possibilidade de ocorrência de granizo em alguns trechos da região noroeste do Estado, a partir de ontem 22.
Hoje o Incaper emitiu aviso especial de atenção para o resto da semana com possibilidade de vendavais e queda de granizo em todo o Estado.
Em Barra de São Francisco, apesar das chuvas fortes que caíram na madrugada de segunda para terça (25 mm) e de ontem para hoje (45 mm), o volume de água sequer chegou a causar cheia forte nos rios, embora o risco de desmoronamento em áreas de risco tenha aumentado. Veja vídeo.
Posted by OContestado.com on Tuesday, January 21, 2020
De acordo com o site Climatempo, a previsão para o resto da semana é de queda de mais de 100 mm de chuva, de amanhã até sexta-feira, 24, em Barra de São Francisco. Para esta quinta-feira, 23, a previsão é de 80 mm de chuva no município, e, para a sexta-feira, mais 40 mm.
Vale ressaltar que, apesar da chuva que caiu na Sede não ter atingido as expectativas, a precipitação pode ter sido bem maior no interior do município.
Kurumí poderá nascer no fim da semana
Nesta terça-feira, 21 de janeiro, a Marinha do Brasil, em conjunto com outros órgãos governamentais brasileiros, emitiu uma nota oficial sobre a possível formação de um ciclone subtropical que, se vier a acontecer, será chamado de Kurumí.
Entre os dias 23 e 24 de janeiro de 2020, a previsão é de que ocorra uma acentuada queda da pressão atmosférica sobre o oceano, entre o litoral sul do Espírito Santo e o norte do Rio de Janeiro, formando um sistema de baixa pressão atmosférica. Tudo acontece sobre o mar, mas algumas rajadas de vento, com até 60 km/h poderão ser observadas sobre o continente.
Em acordo com previsão da Marinha, inicialmente esta baixa pressão atmosférica poderá ser uma depressão subtropical até amanhã, 23. Se os ventos alcançarem ou passarem de 63 km/h, esta depressão subtropical será reclassificada como tempestade subtropical e receberá o nome de Kurumí.
Os sistemas especiais de baixa pressão atmosférica só recebem um nome quando se transformam em uma tempestade subtropical. As depressões subtropicais não são nomeadas.
Depois de organizado, este sistema de baixa pressão atmosférica tende a se deslocar cada vez mais para alto mar, fazendo a trajetória de norte para sul, e afastando-se cada vez mais da costa da região Sudeste.
Março é mês de ciclones na costa do Brasil
A animação mostra a evolução da pressão atmosférica sobre o mar entre os dias 23 e 25 de janeiro de 2020, ao largo da Região Sudeste do Brasil, segundo o modelo de previsão atmosférica GFS, dos Estados Unidos. O centro de baixa pressão atmosférica aparece com a letra L (de low, baixa em inglês).
Quando o ciclone subtropical pode se formar?
É preciso esclarecer que, nesta quarta-feira, 22 de janeiro, ainda não se verá nada desta baixa pressão atmosférica, nenhum efeito nas condições do tempo ou do mar na costa brasileira. O processo de queda da pressão do ar para a formação da baixa pressão atmosférica se dará no decorrer da quinta-feira. Até a noite de amanhã ou na madrugada do dia 24, as imagens da nebulosidade sobre o Brasil captadas pelos satélites meteorológicos já devem mostrar aglomerados de nuvens sobre o mar, em forma arredondada característica das baixas pressões atmosféricas fortes.
Água quente
A nota da Marinha informa também que a água quente na costa entre o Rio de Janeiro e o Espírito santo, com temperatura entre 26°C e 27°C é um fator que contribui para a formação da depressão subtropical.
O comunicado da Marinha do Brasil também esclarece que os efeitos no mar e nas condições do tempo são para regiões oceânicas em alto mar. Esta possível tempestade subtropical estará em alto-mar e se afastando do país e não terá efeito relevante no continente.
Além de formar essa forte baixa pressão atmosférica, a configuração de ventos em diversos níveis de altitude vai estimular a formação de grandes áreas de instabilidade sobre o continente que vão provocar muita chuva nos próximos dias sobre Espírito santo e também sobre o Norte do Rio de Janeiro. A chuva deve ser volumosa e deve causar transtornos para a população. (Weber Andrade com Climatempo)