A praça Senador Atílio Vivácqua vai ganhar uma base da Polícia Militar a partir desta terça-feira, 24. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 23 pela manhã, ao site O Contestado pelo tenente Chagas, do 11º Batalhão de Polícia militar (BPM) e o chefe do setor de Trânsito da prefeitura, Adilson Melos.
“A implantação dessa base na praça tem dois objetivos: O primeiro é dar maior segurança ao setor bancário e comércio do centro e o segundo, é coibir tráfico de drogas, prostituição e baderna que sempre acontecem na ala sul da praça”, explica o tenente Chagas.
Já o chefe do setor de Trânsito, Adilson Melo, informou que a base vai ficar na entrada da rua lateral da praça. “A rua – onde fica o Batalhas Bar e o ponto de mototáxi – será fechada para o trânsito a partir de amanhã. Hoje, solicitamos à Secretaria Municipal de Serviços, que fizesse a limpeza d local para a instalação da base da PM que vai fechar a entrada da rua pela avenida Prefeit Manoel Vilá”, esclarece.
Adilson disse ainda que vai sugerir ao prefeito Alencar Marim, o cancelamento da concessão do quiosque que existe hoje na praça e é ocupado por uma sorveteria que acabou virando lanchonete. “No projeto original da praça, o quiosque deveria abrigar uma biblioteca, mas o prefeito José Honório Machado deu a concessão para a instalação de sorveteria no local. Agora, vamos sugerir que o quiosque seja cedido para a base fixa da Polícia Milita”, revela.
A base da PM que será colocada na rua, por enquanto será móvel, ou seja, será uma van, que va ficar no local e experiência. “Se os resultados forem satisfatórios, a prefeitura vai providenciar água, energia e internet para a base”, conclui Adilson. (Weber Andrade)
Demorou – Para o comerciante André Batalha, dono do bar que fica na rua onde será montada a base, a ação é bem vinda, embora tenha demorado. “O Judiciário e a PM já deveriam estaru atuando com mais força por aqui. Hoje temos diversas mulheres que passam o dia inteiro mendigando e se prostituindo na praça. Muitas delas com crianças no colo. Essas crianças deveriam estar numa creche ou estudando”, lamenta ele. (Weber Andrade)

Praça é a única do centro da cidade
Única no centro de Barra de São Francisco, a praça Senador Atílio Vivácqua foi construída na década de 70 e reconstruída várias vezes ao longo dos últimos 40 anos. O logradouro já chegou a ganhar dois prêmios internacionais de arquitetura pela sua beleza, mas, desde a administração passada o local vem se degradando a cada dia, a ponto de hoje não ser considerado mais um bom espaço para ser frequentado pela sociedade.
O local já teve, inclusive, um parque infantil que era a alegria das crianças. A praça servia de ponto de encontro para famílias francisquenses nos finais de tarde, mas hoje está quase tudo quebrado e o parque já foi até retirado do local.
Em abril de 2015, alegando que os banheiros públicos que existiam na praça estavam prejudicando o local, o então vereador Admilson Brum solicitou ao Executivo que retirasse os banheiros, que foram arrancados. Hoje, uma lateral do coreto da praça se transformou em mictório para os frequentadores, principalmente mendigos, deixando um cheiro insuportável de urina e fezes no local.
Além disso, alguns mendigos dormem na praça e, segundo o secretário municipal de Obras, Mauro da Mata, até sexo e consumo de drogas existe no local durante dia e noite.
À noite as coisas ficam ainda piores, pois a praça é tomada por viciados em drogas, prostitutas e até traficantes.
O taxista Edival, que tem um ponto em frente à praça lamenta a situação e disse que ouve críticas todos os dias, principalmente de visitantes. “Hoje mesmo umas pessoas de Mantenópolis estranharam o fato de uma cidade tão rica ter uma praça tão mal cuidada.”
A praça Senador Atílio Vivácqua, já teve até fonte luminosa, também eliminada pela gestão anterior, que alegou perigo de criação de mosquitos como o que transmite a dengue. O secretário de Obras, Mauro da Mata, disse que o prefeito Alencar Marim tem uma preocupação muito grande com a situação da praça, mas lamenta não ter conseguido ainda fazer as intervenções necessárias, devido justamente à situação financeira precária deixado pelo gestor que o antecedeu, com mais de R$ 14 milhões de dívidas pontuais, além de outras centenas de milhões de dívidas formadas ao longo das últimas gestões.
Da Mata disse que, desde a semana passada determinou aos servidores, o início de obras de melhoria no piso, que é feito de pedra portuguesa e está sendo “levantado” pelas raízes dar árvores.
“Além da reforma do piso, estamos buscando parceria com a iniciativa privada para promover, pelo menos, a pintura da praça. Quanto aos bancos quebrados, ainda vamos ter que esperar um pouco para fazer a substituição. Os bancos atuais são obsoletos e fáceis de quebrar. Precisamos buscar algo mais resistente, mas o custo é alto”, admite. (Weber Andrade)
