As fabricantes de bicicletas produziram 773.641 unidades em 2018, volume 15,9% superior ao de 2017 (667.363 unidades), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgados hoje, 14, em São Paulo.
Em dezembro, foram produzidas 21.857 unidades, volume equivalente ao do mesmo período de 2017 (21.879 unidades). Na comparação com novembro de 2018 (83.726 unidades), houve queda de 73,9%.
Em Barra de São Francisco a prática do ciclismo tem crescido, principalmente entre a população de maio poder aquisitivo, que se aventura em trilhas no município, região e até em outros estados.
A bicicleta tem sido muito utilizada na cidade também como veículo de transporte entre a casa e o trabalho. Dois servidores municipais que usam a bicicleta para ir e voltar do trabalho são o Secretário de Gabinete da Prefeitura, Rodrigo Chequetto, e o secretário municipal de Serviços, Jair Fernandes Filho, o Fernando Carabina. “Só ando de carro quando é preciso, para ir para roça, transportar alguma coisa. No dia a dia aqui da cidade vou de bicicleta mesmo”, afirma Fernando.
A bicicleta também é um veículo altamente comercial e existem até colecionadores na cidade. É o caso do aposentado Valdomiro Braz, do córrego da Penha, que até pouco tempo atrás exibia uma Hércules de 71 anos, quase toda original. (veja texto mais abaixo)
Vendas estiveram em declínio por 4 anos
Segundo o vice-presidente do Segmento de Bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, a retomada nos negócios, após quatro anos em declínio, foi impulsionada pela maior oferta de produtos, preços mais competitivos e expansão da mobilidade urbana.
“Isso mostra com clareza o impacto positivo da ampliação das redes de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas nas cidades brasileiras”, disse. Ele ainda atribui ao desempenho positivo a uma redução do índice de inadimplência dos consumidores, aliada ao aumento da oferta de crédito pelas instituições financeiras.
Os volumes de bicicletas produzidos no Polo Industrial de Manaus (PIM) em 2018 foram distribuídos para comercialização para as seguintes regiões do País: Sudeste, com 55,4% das unidades; Sul, 19,5%; Nordeste, 14,7%; Centro-Oeste, 5,8%; e Norte, 4,6%.
Projeções – De acordo com a Abraciclo, a produção de bicicletas deve ter um aumento de 10,8% em 2019, chegando a 857.000 unidades.
Segundo Gazola, a expectativa está baseada nas mudanças e implantação de novas medidas na economia, que podem ocorrer com o novo governo, além da continuidade dos lançamentos de bicicletas de maior valor agregado.
De acordo com o executivo, o mercado percebe e responde positivamente à melhoria contínua da tecnologia, qualidade e gama de oferta dos produtos e marcas nacionais, que têm preços mais acessíveis aos consumidores.
“Com a redução do endividamento das famílias, devem ser retomadas as compras planejadas, tendo, ainda, o apoio do varejo na oferta de crédito mais acessível. Esses fatores podem levar a uma aceleração da demanda já no primeiro semestre do ano”, finalizou. (Agência Brasil)
‘Bike’ de 71 anos foi atração do
passeio ciclístico São Francisco
Que tal uma bicicleta cujo fabricante te dá 50 anos de garantia? Sonho? Na verdade, o fabricante, a Companhia Ciclo Petros, posteriormente chamada de Hercules Cycle and Motor Company, existiu na Inglaterra e produziu bicicletas pelo menos até a década de 50.
No dia 4 de outubro do ano passado, pela manhã, um exemplar da Hércules, em perfeito estado de conservação, participou do Passeio Ciclístico de São Francisco de Assis. O proprietário, Valdemiro, do córrego da Penha, é colecionador e comerciante de bicicletas antigas. “Essa aqui tem 71 anos e somente a garupa não é original”, conta ele, que coloca a relíquia à venda por R$ 1,5 mil.
A Hércules de Valdemiro traz as marcas de sua originalidade nos selos metálicos, como o que oferece a garantia de 50 anos, nos metais usados, como o alumínio do guidão e o metal resistente das peças como quadro e outros. “Eu comprei ela tem três meses, já estava em boas condições mas eu dei mais uma arrumada nela”, informa Valdemiro, rodeado de curiosos na pátio da Matriz de São Francisco de Assis, onde foi dada a largada do passeio.
História – Jack Crane, começou a vida em Coventry Street, Birmingham, Inglaterra, produzindo 25 bicicletas por semana. Ele era o dono da Companhia Ciclo Petros e seu filho mais velho Sir Edmund Crane, conhecido como Ted Crane, foi o fundador da fábrica Hércules.
O nome Hércules foi escolhido pela robustez e durabilidade das suas bicicletas. Jack Crane, comprou a Companhia Ciclo Petros, Ted e seu irmão Harry trabalhavam desde os 14 anos de idade junto com o pai.
Em 1906, a companhia foi à falência e a família mudou-se para Monte Lightwoods. Lá suas bicicletas e peças foram vendidas em leilões para o pagamento de dívidas. A massa falida foi vendida irregularmente para a mãe que posteriormente repassou os bens para os filhos, o golpe foi descoberto e depois de anos de investigação em março de 1911 a família foi considerada culpada de conspiração por fraude econômica, mais tarde a sentença foi anulada com recurso jurídico.
Harry e Ted que já controlavam os negócios da família alugaram uma casa abandonada em Coventry Street, e usaram o nome da empresa que haviam registrado em segredo em 1910, Ciclo Hércules and Motor Company para dar continuidade à empresa. (Weber Andrade com Wikipédia)