Minas Gerais bateu novo recorde de mortes e casos por Covid-19 em 24 horas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 24, pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Foram 374 óbitos notificados e 13.796 casos desde o último boletim.
Com 3.932 mortes por Covid-19, março já é o mês mais trágico da pandemia em Minas Gerais. O mês já bateu até mesmo o pico da doença no ano passado, em agosto, quando foram registrados 2.566 óbitos.
Desde o início da pandemia do coronavírus, foram registradas 22.497 mortes pela doença e 1.053.994 casos em Minas Gerais, segundo a SES.
Do total de casos, 80.555 estão em acompanhamento e 950.942 pessoas são consideradas recuperadas.
Minas Gerais também tem pelo menos 714 pacientes com Covid-19 aguardando vagas de terapia intensiva. Por causa da ocupação hospitalar, a “onda roxa” do programa Minas Consciente se estenderá até o dia 4 de abril.
De acordo com Bacheretti, os pacientes com Covid-19 têm ficado mais tempo nas UTIs e, nem mesmo a criação de novos leitos, que dobraram desde o início da pandemia, foi suficiente para suprir a demanda. Ainda segundo ele, em três dias, o número de pacientes na fila por leito aumentou 51,9%. Minas Gerais tem 2.525 pacientes internados leitos de UTI específicos a doença.
“Esta doença tem grande transmissibilidade e o paciente fica muito tempo internado. Por isso, a pressão é tão grande dentro da rede hospitalar. A função da redução de novos casos. (…) Todo esforço para abertura de leitos não é suficiente para segurar este vírus.”, disse.
De acordo com ele, as restrições impostas pela “onda roxa”, só vão surtir efeito na hospitalização dentro de 15 a 21 dias. Para redução de óbitos, o prazo é de cerca de 30 dias. “Daqui a duas, três semanas, os números aumentarão de forma progressiva”, falou.
Outro desafio vivido pelo estado é a falta de “kit intubação”. De acordo com o secretário, o estoque de kits acabou na terça-feira (23). Ele disse que o Ministério da Saúde garantiu entregar novos insumos a todos os estados em crise até a próxima sexta-feira (26), que serão, segundo Bacheretti, distribuídos imediatamente aos hospitais.
O secretário também informou que, em encontro com o governo federal, em Brasília, o governador Romeu Zema (Novo) sugeriu a compra de insumos e vacinas de outros países. “Nossa expectativa ainda é que tenhamos um aumento maior do que a capacidade produtiva dos fabricantes”, disse ele.
Bacheretti também falou sobre a dificuldade de hospitais em obtenção de cilindros de oxigênio.
“Boa parte dos leitos de UTI do estado fornece a base de cilindros. Cada leito de UTI consome cerca de 6 cilindros por dia. O grande gargalo não é a produção do oxigênio, mas a logística de fornecimento constante deste insumo”, falou.
A SES-MG também passa a fornecer, a partir de agora, um financiamento para que estes hospitais possam melhorar sistema de fornecimento de gases, trocando cilindros por grandes reservatórios de oxigênio líquido.
Ocupação de leitos
Nesta quarta, de acordo com a SES, há 2.525 pacientes com Covid-19 internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou com suspeita da doença. A taxa de ocupação dos leitos específicos para pacientes com a doença equivale a 94,36%. (G1 Minas Gerais)