A morte da empresária francisquense Maria José Nogueira, filha do saudoso João Nogueira e proprietária, junto com o marido, Elias do Carmo, da Padaria Nogueira, deu o “start” para que um grupo de pessoas da sociedade francisquense decidisse fazer um trabalho conjunto para tentar contar o avanço da doença na Sede do município. Maria José foi diagnostica com dengue hemorrágica esta semana e faleceu na madrugada desta quinta-feira, 30.
A iniciativa da mobilização deste sábado, 1º de junho. Partiu da conselheira tutelar Jaquelaine Gomes e de um grupo de casais da cidade. A concentração acontecerá a partir das 13h30, no pátio da Matriz de São Francisco de Assis e contará com a presença do prefeito Alencar Marim e também dos agentes da Vigilância Epidemiológica do município, que estarão orientando os participantes.
O coordenador da Vigilância Epidemiológica, Gelder Daniel da Silva, salienta que o setor tem trabalho diuturnamente para tentar eliminar focos do mosquito, mas, reconhece que, sem a juda da população isso fica quase impossível.
Para participar da mobilização as pessoas só precisam se dirigir ao pátio da Matriz amanhã. Mas, quem desejar saber detalhes do evento, pode acessar o grupo de whatsapp https://chat.whatsapp.com/FC2JXemDsAq9Qmd8KcUhd9.
O prefeito Alencar Marim gravou vídeo, nesta quinta-feira, 30, enquanto retornava de compromissos em Vitória, conclamando a sociedade a se unir no combate ao mosquito. Marim lamentou que pessoas estejam tentando “politizar o assunto e culpar o poder público pela situação”.
Ele destacou que a Secretaria Municipal de Saúde e a Vigilância Epidemilógica têm feito muitos investimentos no combate ao mosquito e no tratamento dos infectados, inclusive com a aquisição de veículos e equipamentos para o popular fumacê e ampliação do horário de funcionamento da Estratégia Saúde da Família (ESF), no Bambé, mas lembrou que sem a participação da sociedade, a situação dificilmente mudará.

“Existem cidades maiores e com mais recursos do que a nossa, que estão com índices de dengue bem maiores. Devo lembrar que foram 144 casos de focos positivos nos últimos dois meses e que 92% dos focos encontrados estão dentro de residências, depósitos de materiais de construção e até igrejas, locais onde tem gente. Quero, neste momento, como cidadão, me associar a vocês, reunir pastores, padres, empresários, lideranças comunitárias, enfim, todos os cidadãos para essa grande mobilização. Vamos vencer a dengue. Estamos juntos”, disse Marim no vídeo. (confira no link https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=2364380257106793&id=1860535000824657)
Apesar de todos os esforços da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) o surto de dengue em Barra de São Francisco, já atingiu, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a média de 516 casos por 100 mil habitantes, o que levou a Semus a ampliar o horário de atendimento ao público na unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) do Bambé.
Desde a última segunda feira, 27, o local passou a funcionar de 7h às 20h para avaliação, solicitação de exame e hidratação. “Comunicamos que a partir desta segunda feira, 27 de maio de 2019, a unidade da Estratégia Saúde da Família do bairro Bambé estará com o horário de atendimento ampliado, das 7h às 20h, para avaliação, solicitação de exame e hidratação, se necessário, reavaliação, notificação e encaminhamento do (s) mesmo (s) ao Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho, caso o munícipe apresente sinais de alerta.”
Vale lembrar que, apesar do número avançado pela Sesa em relação a Barra de São Francisco, nem sempre esse número corresponde à realidade, podendo ser menor, já que muitos casos não foram ainda comprovados.
No ano passado esse número chegou a mais de 800 casos por 100 mil habitantes na cidade, mais ou menos na mesma época. Em todo o Estado, segundo a Sesa, foram notificados 33.593 casos de dengue no Espírito até a semana passada, com incidência de 845,66 casos por 100 mil habitantes.
O ministério da Saúde considera três níveis de incidência dos casos de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes). A taxa de incidência é um importante indicador de alerta e ajuda a orientar as ações de combate à dengue. (Weber Andrade com informações da Semus/BSF e Sesa)