A Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES) recebe, nesta segunda-feira, 15, às 19h, o lançamento do livro “Cartas Fantasmas”, de Adilson Vilaça, romance que dá sequência à narrativa do autor – Cotaxé – sobre a revolta camponesa na cidade de Ecoporanga, ocorrida entre 1959 e 1962. Vilaça, que é de Conselheiro Pena (Cuparaque) – MG, radicou-se em Ecoporanga e Espírito Santo desde 1977
Apaixonado pela história e pela cultura do Espírito Santo, Adilson Vilaça remonta em “Cartas Fantasmas” o sopro do messianismo, a revolta dos camponeses e a fundação do município de Ecoporanga, nos anos 50. O livro é a continuação de sua narrativa histórica “Cotaxé”, publicada em 1997, que conta a breve existência do independente Estado União de Jeová, área na divisa com Minas Gerais. Após a fragmentação desse movimento, eclode a disputa que serve de cenário para o novo romance, devido ao interesse de grileiros e empresários em propriedades já ocupadas por famílias rurais.
Utilizando personagens como um militar, uma criança órfã, um cronista e uma militante comunista, Adilson descreve a violenta repressão que os lavradores sofreram na luta pelas terras, bem como a transformação do Noroeste capixaba, durante o período, em uma região de concentração fundiária, vazio populacional e de devastação do meio ambiente.
Na ocasião, haverá a solenidade de posse do escritor na Academia Espírito-Santense de Letras. A entrada é franca e o livro estará à venda por 50 reais.
O autor – Adilson Vilaça nasceu em 1956, em Conselheiro Pena (Cuparaque), mas é radicado em Vitória desde 1977. Entre os anos de 1980 e 1983, Adilson Vilaça venceu três concursos literários no Espírito Santo, entre eles o Prêmio “Geraldo Costa Alves”. Esta premiação, concedida pela Fundação Ceciliano Abel de Almeida, foi dedicada ao livro de contos A possível fuga de Ana dos Arcos – primeiro livro do autor. Escritor de mais de 40 títulos – contos, crônicas, novelas, romances, ensaios e pesquisas –, Vilaça recebeu do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo o Prêmio “Almeida Cousin”, em 2000, pelo conjunto de sua obra. (Weber Andrade com Maria Fernanda Conti, estagiária de Comunicação da BPES)