Desde que o prefeito Alencar Marim afastou-se do seu vice, Denilson Ferreira, o mesmo vem “cobrando” obras do Executivo, principalmente na região da Vila Luciene, onde mora. Marim, entre amigos, afirma que o vice tramou com vereadores de Oposição para tentar tira-lo do mandato, já no primeiro ano de administração.
A principal cobrança do vice-prefeito é a pavimentação de ruas. Em fotos publicadas na sua página no Facebook, Denilson mostra ruas esburacadas no bairro Vila Santa Isabel e até na Vila Luciene. No entanto, a Gerência de Projetos e Convênios divulgou esta semana um balanço das obras de pavimentação no município, que apontam para quase 70 mil m² de pavimentação até agora, com investimentos que se aproximam de R$ 10 milhões, em parceria com o Governo do Estado ou com recursos próprios.
Já foram pavimentadas mais de 30 ruas, totalizando quase 68.769,38 m² quadrados. Marim destacou que a maioria dessas obras foram feitas com recursos do governo do Estado ou federais, provenientes de emendas parlamentares, mas algumas delas foram feitas com recursos próprios, como as sete ruas da Vila Luciene, calçadas em regime de mutirão, numa parceria com a comunidade local.
São mais de seis mil m² de pavimentação na Vila Luciene, além de obras nos bairros Nova Barra (Vaquejada), Colina, Irmãos Fernandes e Vila Vicente (avenida Carlos Valli) Cachoeirinha de Itaúnas, Vila Poranga e Paulista.
“Já temos recursos para mais 14,2 mil m², que vão beneficiar bairros como a Vila Landinha, Irmãos Fernandes (Carabina), Miracema (calçamento rural) e Vila Vicente”, informa o gerente de Convênios e Projetos da Prefeitura, Renato Pinto Rosa. (Veja planilha mais abaixo)
Interior – Em Vila Poranga, um sonho de mais de 60 anos foi realizado pelo atual prefeito, desta vez em parceria com a Câmara Municipal. Em um acordo com o presidente da Casa, Jonciclé Honorio, que é representante daquela região, a prefeitura realizou o calçamento da única rua do distrito, a Santa Luzia, numa extensão de 4.450,48 m², ao custo de quase R$ 250 mil, repassados pelo Legislativo.
“A economia feita pelo Jonson (Jonciclé) enquanto presidente do Legislativo possibilitou a realização da obra. Mesmo em meio à crise e às dívidas herdadas e os acordos que fizemos, para regularizar toda a situação financeira da prefeitura, entregar uma obra feita priorizando a responsabilidade com o recurso público é o que me dá a certeza de que estamos no caminho certo. Mais parcerias como esta virão e a população será a maior beneficiada”, disse Alencar Marim na solenidade de entrega da obra.
Cachoeirinha ganhou quase 6 mil
metros quadrados de calçamento
O distrito de Cachoeirinha de Itaúnas foi outro beneficiado com calçamento na atual gestão. A obra, ainda em andamento, contempla a principal rua do distrito e outras adjacentes. De com informações obtidas pelo site Voz da Barra, o convênio para calçamento das ruas do distrito foi assinado na gestão anterior, do prefeito Luciano Pereira, no valor de R$ 1,098 milhão, e contemplaria 17.353 m² de ruas, mas os recursos teriam sido obtidos graças ao então vereador Carlos Rubens da Silva, o Carlim da Dengue.
No entanto, o prefeito Luciano Pereira teria convencido o então aliado, Carlim da Dengue, a permitir que ele usasse o dinheiro para pavimentar ruas na Sede do município, com o compromisso de que Luciano faria o calçamento de Cachoeirinha, posteriormente, com recursos próprios. Não foi o que aconteceu. Luciano não cumpriu o compromisso e o distrito ficou sem a obra. Em dezembro de 2015, Luciano Pereira chegou a publicar edital de licitação para o calçamento das ruas do distrito. No entanto, o edital foi cancelado poucos dias depois.
O prefeito atual, Alencar Marim, disse que se reuniu com a comunidade, junto com os vereadores José Valdeci de Souza e Teco Ferreira, no ano passado, e prometeu realizar pelo menos a pavimentação da maior parte da via principal do distrito, num total de 6 mil m² aproximadamente, o que está sendo feito. “Eu me preparei para fazer essa parte da obra, com recursos próprios do município, mas disse aos moradores que a conclusão da mesma teria que ser feita depois, em regime de mutirão”. (Weber Andrade)