Um aluno de 14 anos foi apreendido na Escola Estadual Coronel Camilo Soares, no município de Ubá, em Minas Gerais, com uma machadinha e um martelo na mochila. De acordo com o registro da Polícia Militar, ele carregava também um bilhete afirmando que cometeria um massacre no colégio. O episódio ocorreu na última quarta-feira (30).
Segundo a PM, o adolescente também tinha um caderno com desenhos de como executaria o massacre. O aluno contou que o motivo para cometer o crime era sua infelicidade com a escola, a família e a vida. Ele disse ainda que planejou o atentado após saber do ataque nas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, que deixou quatro mortos na semana passada.
O aluno planejou o massacre após uma pesquisa no celular da avó. A polícia encontrou no histórico de uma rede social instruções de como executar o crime. Ele revelou que não tinha um alvo específico e que pretendia escolher de forma aleatória.
A escola foi avisada por mães de alunos que seus filhos viram as armas e ouviram ameaças sobre o atentado. O conselho tutelar foi chamado, assim como a família do jovem. O garoto afirmou estar arrependido e pediu para ser internado, além de continuar com o tratamento psicológico que faz.
Nas redes sociais, a vice-diretora da escola, Fabiana Caneschi, relatou o caso e disse que “a escola continua, como sempre, atenta a qualquer sinal de violência ou que fira a dignidade dos alunos”.
Ao portal g1, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que uma equipe multidisciplinar, com apoio do Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), vai acompanhar o caso e proceder com o acolhimento necessário aos estudantes envolvidos e à comunidade escolar, juntamente com a rede de apoio local (Polícia Militar, Promotoria, Conselho Tutelar, CRAS, entre outros).
“A SEE/MG salienta que desenvolve e estimula a realização de ações de prevenção e combate à violência no ambiente escolar, por meio do Programa de Convivência Democrática, que procura defender e garantir a cultura de paz nas escolas, promover o respeito, um ambiente acolhedor e a mediação de conflitos. Além disso, conta com importante parceria da Patrulha Escolar da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) para propiciar um ambiente cada vez mais seguro aos alunos da rede estadual”, disse a secretaria.