Um italiano radicado em Barra de São Francisco desenvolveu um aplicativo que pode ajudar muito à Polícia Militar no combate à criminalidade, particularmente, roubo de veículos, mas também com outras utilidades.
Claudio Straneo, que é engenheiro de Tecnologia da Informação (TI), veio para o Brasil há cerca de uma década, acabou virando morador de Barra de São Francisco e decidiu desenvolver um programa capaz de reconhecer placas de veículos rostos e criar um banco de dados que pode trabalhar, inclusive, off-line, ou seja, sem internet.
Ele conta ainda com o apoio logístico de outro italiano radicado no município: Maximiliano Giordano, o Max, que também veio há poucos anos para o Brasil. Os dois se conheceram aqui, embora um tenha vivido em Turim (Claudio) e o outro em Roma.
Straneo explica que já existem no mundo alguns aplicativos semelhantes, mas nenhum com a tecnologia e o baixo custo deste que ele desenvolveu.
“O equipamento pode ser instalado dentro do veículo (viatura) e também receber imagens de um ou mais totens instalados em pontos chave da cidade e mesmo em estradas. Com o banco de dados de veículos roubados ou furtados, o programa verifica rapidamente as placas de veículos captadas e verifica se há alguma restrição”, explica o engenheiro.
Para Claudio, que pretende, caso o programa seja aprovado pela PMES, concorrer ao prêmio Inoves, do Governo do Espírito Santo, o aplicativo também pode ser usado, posteriormente, no reconhecimento facial, inclusive pela inciativa privada.
“Estamos terminando de desenvolver essa parte do aplicativo, então ele poderá ser utilizado também para comparar fotos de pessoas no banco de dados de foragidos ou com mandado de prisão em aberto. Também poderá ser utilizado por empresas no controle de acesso, identificando placas e rostos”, informa.
O aplicativo, além de poder se conectar à internet e ao banco de dados do Detran e Denatran, utiliza um notebook com touch-screen, onde os comandos e filtros podem ser aplicados com rapidez e eficiência para melhor resultado em buscas de placas com restrição de furto/roubo ou outras irregularidades no veículo.
Posição do 11º BPM
O aplicativo foi apresentado ao subcomandante do 11º BPM, major Manoel Gambarti Júnior e ao comandante da 1ª CIA do 11º BPM, capitão Vitor Prates, nesta segunda-feira, 25, e agradou muito.
“Não podemos falar em nome da corporação, mas o programa agradou muito, achamos excelente e vamos intermediar para que ele apresente o aplicativo na Diretoria de Tecnologia de Informação e Comunicação e na Secretaria de Segurança Pública (Sesp)”, informa Prates.
Para o ex-secretário de Defesa Social, Renato Pinto Rosa, o programa é muito bom e poderia ser usado até mesmo pela Guarda Civil Municipal, assim que ela estiver funcionando. “Nós conhecemos o Claudio na gestão passada, quando tentávamos implantar o sistema de videovigilância no município, ele estava nos ajudando com o projeto, mas ele não chegou a ser implantado”, comenta Renato. (Da Redação)