Por Weber Andrade
A quarta matéria sobre os dados dos dois últimos Censos Agropecuários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em 2017, a produção agrícola do município rendeu R$ 55.922.000,00 tendo como carro-chefe o café, que responde por 58,93% do faturamento no campo. O valor da safra naquele ano foi de R$ 32.959.000,00, sendo que o café do tipo arábica rendeu apenas R$ 710.000,00. Na comparação com 2006, percebe-se que o valor do produto quase dobrou: naquele ano o café gerou R$ 19.588.000,00, sendo que a variedade arábica contribuiu com R$ 4.840.000,00.
Em termos de produção, o café rendeu, no total 88.583 sacas, ou 5,3 toneladas em 2017, curiosamente, a mesma quantidade produzida em 2006, com a diferença que a participação do arábica foi bem maior. O número de produtores de café conilon passou de 1.539 em 2006 para 1.665 em 2017. Já o de produtores do arábica caiu de 83 em 2006 para 11 em 2017.
O segundo produto que mais gerou renda no campo em 2017 veio da lavoura temporária. A mandioca, rendeu R$ 926.000,00 com produção de 669 toneladas em 521 estabelecimentos. Em 2006, a cultura produziu apenas 200 toneladas (R$ 67 mil), em 114 propriedades.
Outra cultura temporária, a do feijão, vem em terceiro lugar em termos de faturamento: Em 2017 o produto gerou R$ 472.000,00, sendo que o feijão preto, sozinho, rendeu R$ 285.000,00, com 581 toneladas colhidas em 157 propriedades. Em 2006 o plantio de feijão preto era nulo no município.
A cultura superou a do milho, que faturou R$ 353.000,00 em 2017, com 225 toneladas produzidas em 293 estabelecimentos. Em 2006, o milho tinha produção de 1.305 toneladas, com valor total de R$ 553 mil em 187 propriedades rurais. (Confira no final da matéria os infográficos com a quantidade produzidas, área plantada e valor gerado com os produtos mais expressivos).
Sobre o Censo Agropecuário – Para apurar as informações do Censo Agropecuário 2017, foram gastos cinco meses de pesquisa e mais de 19 mil recenseadores em campo para visitar as propriedades rurais de todo o país. O IBGE identificou o novo cenário do Brasil rural: a área destinada à agricultura e pecuária cresceu 5% no país. São 350 milhões de hectares. O Brasil tem 5.073.324 de propriedades rurais, 2% a menos do que no último Censo. Ao todo 15.105.125 pessoas estão ocupadas em estabelecimentos agropecuários. (Weber Andrade)