Nesta terça-feira, 2 de novembro, a baixa pressão atmosférica dará origem a um novo ciclone subtropical que vai manter o tempo bastante carregado principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Goiás, Distrito Federal e Tocantins também serão marcados por temporais ao longo da semana. Há risco para alagamentos e até deslizamentos nestas áreas. Além da chuva forte, há condições para raios e intensas rajadas de vento.
Entre quarta, 3, e quinta-feira, 4, o ciclone faz a transição e vira um ciclone extratropical.
As chuvas que começaram a cair no final de semana em Barra de São Francisco e todo o noroeste capixaba devem continuar pelo menos até o próximo sábado, 6, e o acumulado da semana pode chegar a 200 mm, em sete dias.
Na Cesan, o acumulado nos dois dias é de 55,6mm – 28,2 mm no sábado e 27,2 no domingo – e na região de Cachoeirinha do Itaúnas, o volume foi de 80mm, sendo 45 mm no sábado e 35mm ontem. Graças a Deus, choveu bastante, mas a chuva tem vindo mansa. Hoje, segunda feira, começou a chover mais forte agora de manhã e acredito que o volume de chuva pode superar o de ontem”, avalia Carlim.
O site Climatempo prevê que as chuvas vão continuar em Barra de São Francisco e todo o Espírito Santo pelo menos até o próximo sábado, 6.
Por enquanto, a situação dos rios que atravessam a Sede do município está em situação relativamente tranquila. O rio São Francisco, que vem de Mantena e não tem barragens de contenção entre o município mineiro e o capixaba, subiu 25 centímetros de ontem para hoje, 1º de novembro e chegou a 1,15 metros. Para sair do leito, precisaria alcançar 3,20 metros.
Já o rio Itaúnas está dentro do normal, com volume de água baixo e escoando facilmente na foz, onde se encontra com o São Francisco, na Rua Mineira. A Barragem Everaldo Bianquini, por sua vez, está com o volume de água quase no máximo, mas escoando o excesso devagar, de modo a evitar fortes volumes de água chegando até a Sede da cidade.
Um sistema de baixa pressão atmosférica na costa do Sudeste e a circulação de ventos em vários níveis da atmosfera vão favorecer a formação de nuvens muito carregadas nos próximos dias na Região.

Lenda de Finados
A lenda mais famosa relacionada ao Dia de Finados, a de que sempre chove nesta data, possui cunho religioso e as pessoas associam a chuva à tristeza. Em regiões desérticas, no entanto, seria algo a se comemorar. Diz a lenda que chove nesse dia porque toda a tristeza das pessoas que perderam um ente querido sobe ao céu e desce em forma de chuva para lavar toda a mágoa de quem ficou.
A crença sobre a chuva no Dia de Finados é muito mais fácil de ser assimilada em regiões de clima tropical, como o Brasil, por exemplo. Durante o mês de novembro, estamos na primavera para a região sudeste do Brasil, que é uma estação de transição entre o inverno seco e o verão chuvoso. Assim, a chance de chover em grande parte do Brasil é realmente alta. Só que isso não é regra.
Aqui no Espírito Santo, por exemplo, a equipe da Coordenação de Meteorologia do Incaper afirma que novembro é considerado, baseado em uma climatologia (1984-2014), o segundo mês mais chuvoso do ano na maior parte do Estado, só ficando atrás de dezembro. “Assim, como estamos em época de chuvas, estatisticamente a probabilidade de que seja observada chuva no dia 2 de novembro é a mesma que aquela calculada para os dias 1 e 3 de novembro, por exemplo.”
Por falar em estatística, segundo levantamento feito nas séries históricas de dados de chuva da capital capixaba, Vitória, nos últimos 40 anos de dados observados, foram constatados 20 feriados de finados com chuva. Ou seja, em aproximadamente 50% dos feriados de finados choveu. (Weber Andrade com Incaper e Climatempo)