A previsão de chuva constante para esta terça-feira, 2, quando se celebra o Dia de Finados, além de abastecer a crença popular que diz que sempre chove nesta data, (saiba mais abaixo) deverá trazer forte movimento no cemitério municipal de Barra de São Francisco e também no Bosque da Memória às Vítimas e Covid-19, no Parque Natural Municipal Sombra da Tarde (PNMST).
A data movimenta alguns setores da cidade como floriculturas e também oferece alguma renda para pessoas que vendem velas, fósforos e arranjos florais. No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, apenas duas barracas foram montadas na porta do cemitério. Geralmente, são pelo menos seis barracas no local.
Nas floriculturas pesquisadas pela nossa reportagem, a expectativa é que as vendas aumentem em relação a 2020, mesmo com os preços tendo subido em torno de 20% nos principais arranjos para a data.
Na Funerária Espírito Santo, perto da ponte da avenida Jones dos Santos Neves, chegando à Rua Mineira, uma tenda foi colocada hoje na rua com arranjos florais e uma coroa de flores está custando R$ 80.
Este ano, devido à pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus), recomenda que as pessoas continuem tomando alguns cuidados, como o uso de máscara, que continua obrigatório e uso de álcool gel.
No ano passado, um vaso de flores de plástico saia por, no mínimo, R$ 10, mas chegava a R$ 35, enquanto o maço de velas estava sendo vendido a R$ 5.
A Secretaria Municipal de Serviços, promoveu a limpeza do cemitério, que já está preparado para receber os moradores do município que, tradicionalmente homenageiam seus mortos na data.
Cemitério
Servidores da Secretaria de Obras e Urbanismo fizeram, na semana passada a pintura geral da Capela São Francisco de Assis no Cemitério para receber as pessoas no Dia de Finados.
A Capela Mortuária também passou por uma reforma geral, com pintura, troca de portas e janelas, pisos de granito, entre outros serviços.
Outra equipe trabalhou fazendo a limpeza geral em todo cemitério, com capina e retirada de lixo e entulhos.
Chuva
A lenda mais famosa relacionada ao Dia de Finados, a de que sempre chove nesta data, possui cunho religioso e as pessoas associam a chuva à tristeza. Em regiões desérticas, no entanto, seria algo a se comemorar. Diz a lenda que chove nesse dia porque toda a tristeza das pessoas que perderam um ente querido sobe ao céu e desce em forma de chuva para lavar toda a mágoa de quem ficou.
A crença sobre a chuva no Dia de Finados é muito mais fácil de ser assimilada em regiões de clima tropical, como o Brasil, por exemplo. Durante o mês de novembro, estamos na primavera para a região sudeste do Brasil, que é uma estação de transição entre o inverno seco e o verão chuvoso. Assim, a chance de chover em grande parte do Brasil é realmente alta. Só que isso não é regra.
Aqui no Espírito Santo, por exemplo, a equipe da Coordenação de Meteorologia do Incaper afirma que novembro é considerado, baseado em uma climatologia (1984-2014), o segundo mês mais chuvoso do ano na maior parte do estado, só ficando atrás de dezembro. “Assim, como estamos em época de chuvas, estatisticamente a probabilidade de que seja observada chuva no dia 2 de novembro é a mesma que aquela calculada para os dias 1 e 3 de novembro, por exemplo.”
Por falar em estatística, segundo levantamento feito nas séries históricas de dados de chuva da capital capixaba, Vitória, nos últimos 40 anos de dados observados, foram constatados 19 feriados de finados com chuva. Ou seja, em aproximadamente 50% dos feriados de finados choveu. (Weber Andrade com Incaper)