O surto de dengue em Barra de São Francisco fez a sua primeira vítima fatal na madrugada desta quinta-feira, 30. A empresária francisquense Maria José Nogueira, filha do saudoso João Nogueira e proprietário, junto com o marido, Elias do Carmo, da Padaria Nogueira, contraiu a doença na forma mais severa o vírus tipo 2 e acabou morrendo de hemorragia. Já confirmado pelo menos 12 óbitos provocados pela dengue em todo o Estado.
O corpo está sendo velado na capela mortuária e o sepultamento será às 16 horas desta quinta-feira.
Apesar de todos os esforços da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) o surto de dengue em Barra de São Francisco, já atingiu, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a média de 528 casos por 100 mil habitantes, o que levou a Semus a ampliar o horário de atendimento ao público na unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) do Bambé.
Desde a última segunda feira, 27, o local passou a funcionar de 7h às 20h para avaliação, solicitação de exame e hidratação. “Comunicamos que a partir desta segunda feira, 27 de maio de 2019, a unidade da Estratégia Saúde da Família do bairro Bambé estará com o horário de atendimento ampliado, das 7h às 20h, para avaliação, solicitação de exame e hidratação, se necessário, reavaliação, notificação e encaminhamento do (s) mesmo (s) ao Hospital Estadual Dr. Alceu Melgaço Filho, caso o munícipe apresente sinais de alerta.”
Vale lembrar que, apesar do número avançado pela Sesa em relação a Barra de São Francisco, nem sempre esse número corresponde à realidade, podendo ser menor, já que muitos casos não foram ainda comprovados.
No ano passado esse número chegou a mais de 800 casos por 100 mil habitantes na cidade, mais ou menos na mesma época. Em todo o Estado, segundo a Sesa, foram notificados 33.593 casos de dengue no Espírito até a semana passada, com incidência de 845,66 casos por 100 mil habitantes.
O ministério da Saúde considera três níveis de incidência dos casos de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes). A taxa de incidência é um importante indicador de alerta e ajuda a orientar as ações de combate à dengue. (Weber Andrade com informações da Semus/BSF e Sesa)