A dengue e a chikungunya, duas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt, já contaminaram, juntas, mais de 44 mil pessoas e provocaram 7 mortes no Espírito Santo. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e mostram que as doenças contaminaram pessoas em vários municípios da região noroeste capixaba, como Barra de São Francisco e Ecoporanga.
Nesta quinta-feira, 7, profissionais da Vigilância Ambiental da Sesa participaram da webconferência organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sobre o controle do Aedes aegypti no cenário de transmissão simultânea do novo coronavírus (Covid-19).
A webconferência foi disponibilizada para os países da América Latina, os Estados Unidos e o Canadá e foi ministrada por profissionais da equipe de Entomologia e Controle de Vetores da OPAS/OMS.
Em pauta, segundo o coordenador do Programa Estadual de Combate ao Aedes Aegypt, Roberto Laperriere Júnior, foram discutidas com especialistas as melhores maneiras no controle do mosquito, além foram fornecidas orientações atualizadas em um contexto de transmissão da Covid-19.
“É uma mobilização da comunidade cientifica em um momento importante visto que, mesmo diante da pandemia da Covid-19, os casos, em especial da dengue e Chikungunya, não estão diminuindo. O objetivo é determinarmos ações voltadas ao controle do vetor para termos, por exemplo, mais critério para o controle químico”, disse o coordenador.
Dengue – Até o último boletim, divulgado esta semana, a dengue registrou 33.170 mil casos suspeitos no Espírito Santo, com 6 mortes e média de 825,40 casos por 100 mil habitantes.
Entre os municípios da região, Ecoporanga continua liderando o índice de casos suspeitos, com média de 362,1 casos por 100 mil habitantes. Em seguida vem São Gabriel da Palha (276,7), Vila Valério (213,1) e Barra de São Francisco (56,1).
O Ministério da Saúde considera três níveis de incidência acumulada das quatro últimas semanas dos casos de dengue: baixa (menos de 100 casos/100 mil habitantes), média (de 100 a 300 casos/100 mil habitantes) e alta (mais de 300 casos/100 mil habitantes). A taxa de incidência é um importante indicador de alerta e ajuda a orientar as ações de combate à dengue.
Chikungunya – Até o último boletim divulgado pela Sesa foram notificados 9.834 casos de chikungunya no Espírito Santo. Até o momento, um óbito foi confirmado pela doença. Na região noroeste, existem casos suspeitos em Barra de São Francisco, Ecoporanga, Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Vila Pavão e Vila Valério. (Weber Andrade com Secom/ES)