A quatro dias do fim do verão, Barra de São Francisco amanheceu já com cara de inverno, nesta segunda-feira, 16. O fenômeno conhecido como inversão térmica deixou a cidade encoberta por uma névoa densa nas primeiras horas da manhã, causando queda na temperatura, que estava em 19 °C por volta das 6h30.
No entanto, antes do inverno, ainda teremos o outono, que começa no dia 20 de março de 2020 exatamente às 00h50. A data também é conhecida como Equinócio de Outuno, pois é quando os dias começam a ficar mais curtos e as noites mais longas.
O outono começa sempre entre os dias 20 e 21 de março. Esta estação, que sucede o verão e antecede o inverno, termina entre os dias 20 e 21 de junho.
No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, o outono é caracterizado pela troca de folhas das árvores sazonais, que começam a se preparar para a chegada do inverno.
O outono do Hemisfério Sul é chamado de “austral”, enquanto no Hemisfério Norte é conhecido por “outono boreal”.
Inversão – A inversão térmica é um fenômeno atmosférico muito comum nos grandes centros urbanos industrializados, sobretudo naqueles localizados em áreas cercadas por serras ou montanhas. Esse processo ocorre quando o ar frio (mais denso) é impedido de circular por uma camada de ar quente (menos denso), provocando uma alteração na temperatura.
Outro agravante da inversão térmica é que a camada de ar fria fica retida nas regiões próximas à superfície terrestre com uma grande concentração de poluentes. Sendo assim, a dispersão desses poluentes fica extremamente prejudicada, formando uma camada de cor cinza, oriunda dos gases emitidos pelas indústrias, automóveis, etc.
Esse fenômeno se intensifica durante o inverno, pois nessa época do ano, em virtude da perda de calor, o ar próximo à superfície fica mais frio que o da camada superior, influenciando diretamente na sua movimentação. O índice pluviométrico (chuvas) também é menor durante o inverno, fato que dificulta a dispersão dos gases poluentes.
É importante ressaltar que a inversão térmica é um fenômeno natural, sendo registrada em áreas rurais e com baixo grau de industrialização. No entanto, sua intensificação e seus efeitos nocivos se devem ao lançamento de poluentes na atmosfera, o que é muito comum nas grandes cidades.
Doenças respiratórias, irritação nos olhos e intoxicações são algumas das consequências da concentração de poluentes na camada de ar próxima ao solo. Entre as possíveis medidas para minimizar os danos gerados pela inversão térmica estão a utilização de biocombustíveis, fiscalização de indústrias, redução das queimadas e políticas ambientais mais eficazes. (Weber Andrade com Climatempo e Brasil Escola)